A produção de biogás através dos gases emitidos pelos aterros sanitários é um avanço na área da sustentabilidade. Em busca de reforçar ainda mais essa questão, o estado do Ceará resolveu investir na produção de uma usina de biogás no aterro sanitário municipal Oeste de Caucáia, em Fortaleza.
A iniciativa recebeu apoio do governo do estado e da prefeitura de Fortaleza com empresas privadas. A primeira etapa da usina foi inaugurada está semana, onde o sistema que trata o lixo foi ligado ao aterro.
Segundo o representante de umas das empresas participantes, Márcio Schittini, cerca de 150 drenos foram instalados nessa primeira fase para a captação do biometano.
A primeira etapa começará produzindo cerca de 70 mil metros cúbicos de biometano por dia, podendo chegar até 150 mil metros cúbicos, o que torna a usina de biogás do Ceará o segundo maior do país. “Num primeiro momento, o gás terá uso industrial. Em seguida, chegará nas casas, nos táxis e, se almejarmos algo mais positivo, esse gás pode substituir o diesel usado nas frotas de ônibus e de caminhões de coleta” ressaltou Schittini.
Além do gás canalizado que será utilizado pela Companhia de Gás do Ceará (Cegás), o biometano também será utilizado para a produção de cerâmica de acordo com o presidente da companhia, Antonio Cambraia.
A produção de biometano vai além da vida útil do aterro sanitário. “O biogás continua sendo produzido por muitos anos depois que o aterro acaba. O projeto tem uma vida útil, mas o planejamos para durar, pelo menos, 30 anos” destacou Schittini.