Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

AveSui 2016

Painel na AveSui debate o panorama da indústria e a sucessão familiar na suinocultura

Debate organizado pela ACCS trouxe a visão do Governo do Estado, Cidasc e Sindicarnes

Painel na AveSui debate o panorama da indústria e a sucessão familiar na suinocultura

A preocupação com a sucessão familiar na suinocultura foi um dos temas em destaque na abertura da AveSui 2016, nesta terça-feira (03;05), em Florianópolis. No maior evento da América Latina voltado às áreas de avicultura e suinocultura, a Associação Catarinense de Criadores de Suinos (ACCS) trouxe para o debate a visão da indústria e do governo do estado de Santa Catarina para o futuro do setor. “Hoje, 40% das propriedades não tem perspectiva de sucessão”, comenta Losivânio de Lorenzi, presidente da ACCS, que mediou o encontro. Para ele, além do desinteresse dos jovens em permanecer no campo, há outros fatores que levam a este quadro: a dificuldade dos pais em entender como remunerar os filhos, a falta de técnicas para implantar e conduzir a sucessão familiar e também o medo de perder o poder sobre as decisões na propriedade.

“A evasão no campo é um processo natural em todo o mundo. A preocupação deve ser com a qualificação dos produtores rurais para produzirem mais e melhor e usar a lucratividade para reinvestir em suas propriedades”, opina Enori Barbieri, presidente da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Na visão do secretário de Estado da Agricultura, Moacir Sopelsa, há também a necessidade do poder público dotar as propriedades rurais com a mesma qualidade de infraestrutura das cidades, “não só na questão das estradas mas também nas comunicações, no apoio a quem investe, por exemplo, em armazenagem, como o governo do estado fez”.

Tratar a propriedade como uma empresa e envolver a família no processo decisório é outro caminho para minimizar os problemas da sucessão nos negócios rurais. “Todos os filhos podem ser donos do negócio e investir juntos, por exemplo. Vivemos um tempo de muitas mudanças e os jovens são reflexo disso. Por isso, acredito que a sucessão na área rural deve ser trabalhada da mesma forma do que nas empresas e nas cidades”, comenta Ricardo Gouvêa, representante do Sindicarnes.