Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Fórum Catarinense

Ministro sinaliza interesse em aumentar o preço mínimo do milho   

 Durante encontro com representantes de Santa Catarina, Blairo Maggi disse que governo está atendo ao mercado e já busca alternativas para 2017

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu nesta quarta-feira (15/06), em Brasília, com representantes do governo de Santa Catarina e do Fórum Parlamentar Catarinense para avaliar o abastecimento de milho no país. Na audiência, ele também falou sobre a negociação para emissão do certificado sanitário da Coreia do Sul, a fim de que o estado possa começar a exportar carne suína para aquele mercado, e sobre o setor pesqueiro.

A situação do milho exige cautela do governo, enfatizou Maggi. A forte procura nos mercados interno e externo tem provocado alta da cotação do produto e redução da oferta. “Por isso, o Mapa tem que ter muito cuidado na gestão do estoque público do grão neste momento. Até mesmo porque não teremos como refazê-lo”, observou. O mercado, acrescentou, precisa ser abastecido onde está ocorrendo colheita agora: Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. 

Segundo o ministro, o governo já busca alternativas para o abastecimento de milho em 2017, como a retirada do PIS/Cofins para a importação. “Se deixarmos o milho entrar um pouco mais barato no país, sinalizaremos que o produtor poderá vendê-lo a um preço mais alto no futuro. Também queremos aumentar o preço mínimo para incentivá-lo a plantar mais milho na primeira safra. Ou seja, vamos estimular o plantio e a venda.”

Maggi disse ainda que já está conversando com as indústrias, principalmente as grandes integradas ou integradoras, para estimulá-las a ter estoques, como eram feitos no passado. “O mercado mudou, e o Brasil está integrado nesse cenário mundial de milho”, ressaltou, destacando a necessidade de apoiar mecanismos para fornecer o produto o ano inteiro para abastecer estados como Santa Catarina.

Maior produtor brasileiro de suínos do país, respondendo por 27% da produção nacional, Santa Catarina também está na expectativa da emissão do certificado sanitário da Coreia do Sul, o que poderá abrir mais um mercado às suas exportações do produto. Durante a reunião, o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, informou que uma missão Mapa vai àquele país em agosto para dar andamento às negociações com os coreanos sobre o certificado sanitário.

O ministro afirmou também que o Mapa está tomando medidas, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, para atender o setor pesqueiro. As providências, reiterou, sempre precisam ter amparo na legislação. “O que passou, não temos como mudar. O importante é o que está sendo feito daqui para a frente.”