Apesar da recessão, a italiana Enel mantém o investimento total de US$ 980 milhões (R$ 3,1 na cotação de hoje) em quatro plantas solares que somarão 807 MW de capacidade instalada no país.
O aporte é de recursos próprios do grupo.
Três parques solares fotovoltaicos estão em construção na Bahia e um no Piauí. A unidade de Nova Olinda (PI) localizada no município de Pajeú é considerada a maior usina solar sendo erguida hoje na América Latina.
Feitas pela subsidiária Enel Green Power Brasil Participações Ltda (EGPB), as quatro plantas poderão gerar no total 1,7 TWh ao ano, o suficiente para o consumo anual de energia de mais de 845 mil lares brasileiros.
A EGPB tem atualmente uma capacidade instalada no país de 401 MW de energia eólica, 12 MW de energia solar fotovoltaica e 133 MW de energia hídrica.
Com cerca de 6,8 milhões de clientes em distribuição de energia no Rio de Janeiro e no Ceará, a Enel viu os números piorarem no país com a deterioração da economia.
“Foi uma tempestade perfeita: a inadimplência aumentou, o furto cresceu muito, especialmente no Rio, e caiu a demanda”, diz o italiano Carlo Zorzoli, principal executivo do grupo no Brasil.
A companhia participa do processo de análise do leilão de privatização da goiana Celg Distribuidora, que deverá ser publicado até o fim deste mês. A Eletrobras possui 51% da companhia e o governo de Goiás, 49%.
A Enel afirma que “acompanha todo o mercado brasileiro” e que a decisão pelo investimento será definida pelo grupo na ocasião do leilão.