Cerca de 40 famílias estão investindo na avicultura para driblar a estiagem que atinge a região da cidade de Queimadas, no Agreste paraibano. Por causa da seca, lavouras foram perdidas e a criação de gado ficou comprometida. Agora, a aposta é a criação de galinhas caipiras.
Na propriedade do agricultor Antônio João da Silva o prejuízo foi enorme. As plantações de milho e feijão se perderam por falta de irrigação, o rebanho foi desfeito e a criação de peixes não existe mais. A família dele vive agora da criação e venda das galinhas.
Segundo Antonio João da Silva, o jeito é economizar água para continuar a plantação. “Estamos racionando que é pra não faltar. Lava o galpão aqui, lava o aviário depois. A gente aproveita do jeito que dá”, diz ele, completando que faz reuso de água em alguns casos.
União
Para fortalecer o ramo, as família se juntaram e criaram uma cooperativa. Juntas, compram os insumos e contam com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB), que dá suporte em todas as açãos;
“A primeira assistência que nós damos é a capacitação também com parceiros
como também na comercialização. E o ponto mais forte é a questão da organização social deles”, explicou a técnica do órgão Victoria Victor.
Dificuldade
Paulo Cordeiro, presidente da Coopravida, diz que é a avicultura que vem salvando os agricultores. “Hoje, na situação que nós estamos, até água está se comprando. Um carro-pipa custa até R$ 150. Quem não tem poço sofre com isso, mas na avicultura dá pra resistir à seca”, afirmou.