Foram 13 semanas de estabilidade na Bolsa de Suínos nas principais praças, guiada pelo baixo consumo interno. Mas, nesta segunda-feira (21/11) o mercado voltou a ganhar fôlego e trouxe aos suinocultores uma melhora nos preços do animal vivo. Em São Paulo, o mercado fechou em R$ 4,27 a R$ 4,37Kg/vivo. No estado de Minas Gerais a reunião com produtores e frigoríficos decidiu por aumentar os preços para R$ 4,40. No Rio Grande do Sul o valor do animal foi para R$ 3,95/Kg.
São Paulo
A Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo “Mezo Wolters” definiu no final da tarde de ontem novas referências em R$ 80,00 a R$ 82,00/@ = R$ 4,27 a R$ 4,37/Kg vivo. A reação do mercado animou os suinocultores paulistas, que esperam que essa reação sejam crescente nas próximas seis semanas. “Estamos aguardando aqui esses preços sinalizados ontem pela bolsa possam efetivar durante a semana”, comentou o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Ferreira Júnior.
De acordo com Ferreira, em termos de custo, o mercado paulista sinaliza uma tendência de queda no milho – ontem já registrado negócios em R$ 38 a saca de 60 kg, posto granja, contra R$ 42 há cerca de 30 dias. O mercado de farelo de soja também teve queda, com preço de R$ 1070 posto Rio Verde com sete dias, ICMS incluso. “A expectativa do setor é que possamos manter esses preços para melhorar um pouco a rentabilidade do suinocultor nessas próximas seis semanas até o final do ano”, comentou.
Minas Gerais
A Bolsa de Suínos de Minas Gerais realizada também nesta segunda-feira na sede da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG) entre produtores e representantes dos frigoríficos fechou em R$ 4,40, sinalizando uma melhoria do mercado após 13 semanas de manutenção em R$ 4,20.
“Depois de 13 semanas de manutenção ontem o mercado reagiu. Na realidade, o mercado tem reagido, mas os frigoríficos não estavam absorvendo essa demanda. Agora, com a aproximação de festas natalinas, clima ameno, ontem nos puxamos 0,20”, contou o presidente da associação, Antônio Ferraz.
Para Ferraz, seguramente, o mercado vai absorver essa alta e nas próximas semanas. “A tendência é mercado muito firme. Esperamos que as correções sejam semanalmente”, destacou. “Ficamos tanto tempo sem correção do preço por causa do poder aquisitivo do brasileiro, o povo não tem dinheiro, o consumo interno não está correspondendo e exportação batendo todos os recordes, a única justificativa é o desemprego. Mas, agora as coisas vão melhorar”, diz. A pretensão dos suinocultores era fechar em R$ 4,60 o quilo do animal vivo nesta semana. “A nossa meta é R$ 5 nas próximas semanas. Pelo menos uma semana saiu do vermelho, o custo de produção esta em R4 4,10 a R$ 4,30”, aponta Ferraz.
Rio Grande do Sul
A pesquisa semanal da cotação do suíno, milho e farelo de soja no Rio Grande do Sul, feita ontem, apontou aumento de R$ 0,05 no preço pago pelo quilo do suíno vivo ao produtor independente no Estado gaúcho, ficando em R$ 3,95.
O valor da saca de 60 quilos do milho baixou para R$ 40,00 (anterior R$ 40,50), assim como o farelo de soja, que ficou em R$ 1.070,00 no pagamento à vista (anterior R$ 1.085,00) e em R$ 1.080,00 no pagamento com 30 dias de prazo (anterior R$ 1.100,00), informou a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS).
Segundo a ACSURS, o preço médio do suíno agroindustrial (integrado) permanece em R$ 2,96. As agroindústrias e cooperativas apresentaram as seguintes cotações: Cotrel R$ 3,00; Cosuel/Dália Alimentos R$ 3,05; Cotrijuí R$ 3,03; Cooperativa Languiru R$ 2,90; Cooperativa Majestade R$ 2,90; Ouro do Sul R$ 3,20; Alibem R$ 2,90; BRF R$ 2,90; JBS R$ 2,90; e Pamplona R$ 2,90.