As comemorações de fim de ano movimentam os restaurantes e dão um fôlego para quem fornece alimentos para o setor. Em Mogi das Cruzes, a criadora de codornas Anelori Engbruch comemora as vendas aquecidas. Depois de um período difícil, ela vê a chance de recuperar um pouco as perdas. “Final de ano é sempre bom porque aumenta, tem o 13º e aumenta a demaanda. O consumo em restaurante aumenta com as conrtraternizações “, explica a criadora.
Desde janeiro, ela vem diminuindo o plantel. Mensalmente, Anelori viu a produção diminuir e os gastos aumentarem. A alimentação das aves foi o que puxou os custos para cima. Uma saca de milho que já custou pouco mais de R$ 30, chegou a custar R$ 70, isso em um curto período. Agora custa R$ 45 e estabilizou. O f arelo de soja que é a base da ração, antes saía por R$ 800 e hoje sai por R$ 1,3 mil. “A gente teve que absorver esses custos. Então, deixamos de fazer horas extras e os funcionários trabalham em esquema de reposição de horas para não pagarmos extra, pois trabalhamos de segunda a segunda e tem a questão da hora extra.”
As codornas comem 8 toneladas de ração por semana. A saída foi manter menos codornas. De 70 mil aves, ela tem 40 mil. A produção caiu, mas só assim para manter. Anelori já sabe que nem as melhorias que precisa fazer vão sair do papel agora. “Preciso trocar a cortina de ventilação e não consigo. Tenho dívidas com o banco e preciso pagar primeiro para fazer outras.”
O quilo do ovo de codorna custa R$ 7. Poderia estar melhor, mas a criadora acredita que garantindo a venda do que ela produz hoje e planejando aumentar a quantidade de codornas para o fim de ano, aos poucos a produção e a venda devem melhorar. “A gente tá indo aos poucos porque a coisa está difícil para comprar pintinhos, porque também tem que aumentar o número de empregados e os insumos aumentam.”