Para o próximo ano, alguns fatores devem favorecer os negócios para a avicultura e suinocultura, tanto internamente, quanto no mercado internacional. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, que conta com uma possível recuperação econômica no mercado brasileiro para influenciar uma melhora no consumo das proteínas, melhorando a oferta interna e reestabelecendo patamares per capita semelhantes aos de 2015.
Em relação ao mercado externo, o status sanitário do setor avícola brasileiro poderá ser determinante para o incremento dos negócios com os diversos mercados recentemente afetados por focos de Influenza Aviária. Outros países, que determinaram bloqueio comercial aos produtores afetados pela enfermidade, também poderão buscar no Brasil a complementação para o abastecimento de carne de frango. “Vale lembrar que a avicultura brasileira é a única do mundo a nunca registrar focos da doença”, frisa Turra.
Além disto, o fim da suspensão da habilitação de determinadas plantas para o mercado da China deve incrementar os embarques. Também o chamado “efeito Trump” pode se manifestar nas vendas de aves para o México, que recentemente expandiu a cota de importação para a carne de frango do Brasil.
Já para as exportações de suínos, é esperada para o próximo ano a concretização da abertura do mercado da Coreia do Sul, um dos maiores importadores de carne suína do mundo. Também há boa expectativa quanto à habilitação de novas plantas para a China e a liberação da venda direta de carne suína do Brasil no varejo da África do Sul. O “efeito Trump” também pode viabilizar a abertura do mercado mexicano para os embarques de produtos suinícolas made in Brazil.