Estimulados por uma relação de preço mais favorável à soja na comparação com o milho, os produtores norte-americanos deverão direcionar seus investimentos para a oleaginosa, ampliando a área de plantio de soja e reduzindo a extensão destinada ao cereal em 2015. Conforme levantamento elaborado por agências internacionais, o terreno dedicado à soja deve somar 34,77 milhões de hectares, um crescimento de 2,7% sobre o cultivado no ano passado, de 33,87 milhões, recorde até então. O número também supera a previsão inicial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), anunciada no fim de fevereiro durante o Agricultural Outlook Forum (33,79 milhões de ha).
Mas as projeções sobre qual será o tamanho da área indicada pelo Usda nesta terça-feira, em seu relatório de intenção de plantio, estão longe de ser unanimidade. A pesquisa indica que as projeções oscilam entre 33,6 milhões e 35,6 milhões de hectares. Na semana passada, a consultoria norte-americana Informa soltou um número mais otimista do que o indicado pelo mercado, apostando em área de 35,4 milhões de acres.
Para o milho, analistas e traders consultados no levantamento acreditam que o Usda deve mostrar uma queda de 4,7% no plantio, que seria reduzido de 36,66 milhões de hectares no ano passado para 35,10 milhões em 2015/16. O número ficaria ligeiramente abaixo da previsão divulgada de fevereiro (36,02 milhões de ha) e da aposta da Informa (35,8 milhões de ha).
US$ 9,6725
por bushel foi o valor de fechamento da soja na Bolsa de Chicago na semana passada, queda de 6,5 pontos em relação à sexta-feira anterior. Em um ano, a oleaginosa perdeu 20% de seu valor na bolsa norte-americana.