O mercado brasileiro de carne suína apresentou uma semana de poucas novidades, muito embora o ritmo de queda nas cotações tenha diminuído em relação às semanas anteriores, tanto ao produtor quanto no atacado. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Hedler, isso ocorreu pelo fato das vendas no atacado terem melhorado nessa semana, combinada ao bom desempenho das exportações.
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) as exportações de carne suína “in natura” somaram um volume total de 12,5 mil toneladas no acumulado dos primeiros sete dias úteis de abril, com faturamento total de US$ 30 milhões. A média diária ficou em 1,8 mil toneladas, incremento de 28,1% se comparado à média diária de 1,4 mil toneladas registrada no mês anterior. “Se os embarques continuarem nesse ritmo, o resultado final de abril pode ser recorde no ano, ao redor de 40 mil toneladas”, sinaliza.
A média de preços do quilo vivo na região Centro-Sul ficou em R$ 3,05 nesta quinta-feira (16), ante os R$ 3,06 praticados na semana passada. “As quedas foram mais limitadas ao longo da semana, ocorrendo em São Paulo, de 0,3%, no interior e integração do Rio Grande do Sul, de 2,2% e 2,0%, respectivamente, no Mato Grosso, de 0,7%. Nas demais praças o preço se manteve”, informa.
No atacado, Hedler sinaliza que os preços do pernil não apresentaram alterações, permanecendo em R$ 6,46. O quilo da carcaça apresentou uma queda pouco expressiva, de 0,1%, com o quilo recuando de R$ 4,91 para R$ 4,90.
Hedler destaca que a boa notícia da semana foi a nova queda nos preços do milho, o que inibe um pouco os custos de produção. “Nessa semana, os preços da saca de milho em São Paulo giravam ao redor de R$ 27,70, ante os R$ 32,00 praticados no mesmo período do ano passado. No Paraná e no Rio Grande do Sul as cotações também estavam 9,1% e 5,1%, respectivamente, menores em relação ao mesmo período do ano passado”, afirma.
A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo recuou de R$ 61,00 para R$ 60,80 ao longo da semana. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 3,00 para R$ 2,94, enquanto no interior a cotação caiu de R$ 3,12 para R$ 3,05. Em Santa Catarina o preço do quilo seguiu em R$ 2,93 na integração. No interior, a cotação seguiu em R$ 3,20. No mercado livre do Paraná a cotação permaneceu em R$ 3,12 o quilo e, na integração, o preço continuou em R$ 3,18.
No Mato Grosso do Sul a cotação permaneceu em R$ 3,10 na integração. Em Campo Grande a cotação seguiu em R$ 3,40. Em Goiânia, o preço continuou em R$ 3,30, mesmo valor praticado no interior de Minas Gerais. No mercado independente mineiro a cotação permaneceu em R$ 2,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 2,87 para R$ 2,85. Já na integração do estado a cotação subiu de R$ 2,50 para R$ 2,55.