Passaram-se cinco meses desde que o vírus da gripe aviária H5N2 foi descoberto nos Estados Unidos. Produtores já perderam 21 milhões de aves no Centro-Oeste do país. No entanto, os pesquisadores reconhecem que ainda sabem pouco sobre um vírus da gripe aviária que colocou em perigo o plantel norte-americano de frangos de corte, poedeiras e perus.
Cientistas do Departamento de Agricultura (USDA), Centros de Controle e Prevenção de Doenças e outras agências federais dos EUA estão intrigados com o vírus H5N2. “Neste momento, nós não sabemos muito sobre estes vírus”, disse Alicia Fry, da equipe de prevenção e controle da gripe aviária dos EUA. “Estamos acompanhando a situação muito de perto, precisamos entender como o vírus age. Isto é um desafio”
O atual vírus H5N2 foi identificado na América do Norte pela primeira vez no último inverno no Canadá. Nos Estados Unidos, a presença do vírus foi confirmada em dezembro de 2014, quando foi numa ave selvagem na Costa Oeste.
Nesta primavera [nos EUA], o vírus foi encontrado em operações de aves em oito estados Midwest, forçando os produtores comerciais a abaterem milhões de perus e frangos em Iowa, Minnesota e em outros lugares.
Os cientistas especulam que talvez roedores ou aves pequenas, buscando comida, espalhem o vírus em aviários. Outra especulação gira em torno das moscas, já que o vírus da gripe aviária ja foi encontrado nos insetos em um surto de Pensilvânia em 1983 e no Japão em 2004. Alicia Fry ainda lançou a ideia na semana passada de que o vento pode soprar a poeira e penas portadoras do vírus através de aberturas de ventilação.
“Para mim, a principal preocupação é que a doença está em circulando, mesmo com nosso nível de biossegurança elevado”, disse Richard French, professor de saúde animal no Becker College, em Worcester, Massachusetts. “Precisamos descobrir uma forma de frear a circulação do vírus nos EUA”.
Medidas de biossegurança das granjas avícolas incluem troca de roupas e botas antes de entrar em estabelecimentos, equipamentos e desinfecção de veículos antes que eles se aproximem dos locais e atribuir trabalhadores únicos para cada aviário. Com informações de agências internacionais.