As lavouras e pastos do Paraná produziram uma riqueza bruta de R$ 70,6 bilhões em 2014, consolidando um aumento de 2% ante 2013, quando o resultado foi de R$ 69 bilhões. Os dados correspondem ao Valor Bruto da Produção (VBP), e foram divulgados nesta semana pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Na prática o VBP corresponde a multiplicação dos preços médios de venda e a produção do campo. O número é considerado decisivo para muitos prefeitos, já que o índice serve de base para definir os repasses do governo estadual para o Fundo de Participação dos Municípios.
A renda bruta do estado é regrada em grande parte a soja, milho e frango. A oleaginosa garantiu riqueza de R$ 15 bilhões no passado (-10%), enquanto o cereal chegou a R$ 5,3 bilhões. A produção de aves gerou faturamento de R$ 5,3 bilhões (+8%).
Com participação menor no bolo, setores como a produção de carne bovina crescem expressivamente. “Já é possível identificar novas tendências como o crescimento da pecuária, setor que agrega mais valor aos grãos. Ele é mais estável e compensa as possíveis quedas verificadas na produção de grãos por causa do clima”, aponta o chefe da divisão de Estatística do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado a Seab, Carlos Hugo Godinho.
Correm por fora setores como o de silagens e alimentação animal, que cresceu 19%. A produção de alimentação e ração animal assumiu participação de 3% no faturamento bruto, avançando de R$ 1,75 bilhão em 2013 para R$ 2,1 bilhões em 2014. Com uma safra recuperada após um ano de quebra o trigo saltou 40%, passando de um faturamento de R$ 1,37 bilhão para R$ 1,93 bilhão.
A Seab projeta um cenário de nova expansão em 2015. Embora os preços das principais commodities tenha caído, a colheita de soja foi recorde, próxima de 17 milhões de toneladas, e a avicultura segue com tendência de alta na produção.