Na última sexta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de sua pesquisa trimestral do abate de animais, que indicou um crescimento de 4,2% do número de suínos abatidos no primeiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, quando observamos o comportamento dos últimos 05 trimestres podemos inferir que a oferta de suínos se encontra bastante ajustada, pois apesar do crescimento em relação ao mesmo período do ano passado, o primeiro trimestre deste ano foi bem inferior aos dois últimos trimestres do ano anterior, com queda de 3,4% em relação ao último trimestre de 2014.
Os dados de abate do Ministério da Agricultura (SIF) também indicam este equilíbrio da oferta, conforme já divulgado aqui no blog. De acordo com o Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), o abate de suínos no primeiro trimestre de 2015 foi de 8,02 milhões de animais, superior apenas ao primeiro trimestre de 2014 e bem abaixo do último trimestre do ano passado, que encerrou o ano com 8,80 milhões de suínos abatidos. Cabe ressaltar que os dados do Ministério da Agricultura referem-se apenas aos abates com inspeção federal enquanto os dados do IBGE dizem respeito aos animais abatidos com inspeção federal, estadual ou municipal.
Com este cenário de oferta os preços no segundo semestre de 2015 devem permanecer em patamares bastante razoáveis, sobretudo em relação ao custo de produção, mesmo apesar do baixo volume das exportações e do fraco desempenho da economia brasileira. Contribui para a expectativa positiva no segundo semestre a queda do preço do milho e o elevado preço da carne de boi, que aliás deve permanecer nos atuais patamares devido à baixa oferta, já que segundo o IBGE a queda no abate de bovinos no primeiro trimestre de 2015 foi de 7,7% em relação ao mesmo período de 2014 e 9,3% em relação ao último trimestre do ano passado.