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Economia

Ao contrário dos outros anos, 2014 inicia com preço do suíno em alta

Em 2014, o mercado está surpreendendo e os preços de dezembro continuam sendo praticados em janeiro.

Ao contrário dos outros anos, 2014  inicia com preço do suíno em alta

O preço do suíno vivo comercializado em janeiro tradicionalmente cai, depois das elevadas vendas de fim de ano. Em 2014, entretanto, o mercado está surpreendendo e os preços de dezembro continuam sendo praticados em janeiro (R$ 3,30 por kg de peso vivo). Isso demonstra que o mercado se manterá equilibrado em Santa Catarina, na avaliação do presidente da Organização das Cooperativas do Estado (Ocesc) e diretor da Coopercentral Aurora Alimentos, Marcos Antônio Zordan.

No ano passado, o preço pago aos criadores na aquisição de suíno teve uma escalada de recuperação. A Coopercentral Aurora Alimentos, empresa que detém o maior volume de abate em Santa Catarina, depois de uma série de reajustes, elevou em outubro o preço por quilograma de suíno em pé, incluída a tipificação (adicional  por qualidade da carcaça), que se mantém até hoje.

O preço-base atual (R$ 3,00) é acrescido do adicional da tipificação, índice médio de 7% a 10% (R$ 0,30), o que eleva o valor pago ao criador para R$ 3,30/kg.

A consolidação do preço praticado pela indústria na aquisição de suíno vivo subiu em razão de três fatores: o aumento das exportações com a reabertura das vendas para Ucrânia e Rússia e o início das vendas para o Japão (embora pequenas em volumes e receitas, animaram o mercado); a diminuição da oferta em razão de redução da base produtiva verificada no primeiro semestre; e a expansão do consumo interno com a produção de itens cárneos típicos do fim de ano.

A previsão para 2014 é de equilíbrio entre oferta de matéria-prima e processamento industrial.  Qualquer alteração desse quadro afetará o nível de remuneração dos suinocultores. Não ocorreu em janeiro a sazonal fase de baixo dinamismo comercial e nível de consumo, por isso, os preços continuam firmes.

“Essa situação de equilíbrio deve-se ao alojamento de matrizes de acordo com a demanda industrial planejada, o que evita episódios de excesso de oferta de suínos em pé, geralmente seguidos de crise de preços e posterior escassez dessa matéria-prima”, expõe Marcos Zordan.

O presidente da Ocesc lembra que a crise do excessivo encarecimento dos insumos (saca de milho chegou a custar R$ 32,00 em 2012) inviabilizou muitos produtores, retirando do mercado muitos suinocultores e alguns frigoríficos. Em 2013 o preço baixou para R$ 23,00 e devolveu a capacidade competitiva à cadeia produtiva. Agora, a situação entra em curva ascendente, com os preços do suíno em pé.

“Temos que ter ciência que o mercado está ajustado; não podemos produzir em excesso e torcer para que as safras de milho e soja sejam suficientes para nutrição animal (que representa 65% do custo de produção) e os preços se mantenham em patamares que viabilize a atividade”, encerra o dirigente.