Suinocultores iniciam 2014 com poder de compra bastante favorável frente ao milho. Na média parcial de janeiro (até o dia 16), a venda de um quilo do animal vivo rende 9,38 quilos de milho ao produtor paulista de suínos e 8,40 quilos do cereal ao do Oeste Catarinense, 40,8% e 41,4% a mais, respectivamente, que em intervalo equivalente do ano passado. É, ainda, o segundo melhor resultado para o período desde janeiro de 2005, quando tanto o produtor de suínos paulista como o catarinense conseguia adquirir, em média, 10,3 quilos do grão. A relação de troca favorável ao suinocultor se deve à combinação de preços elevados do animal, dada a menor oferta, com patamares mais baixos para os valores do insumo. Na média parcial de janeiro (até o dia 16), o suíno vivo é cotado a R$ 4,19/kg na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e a R$ 3,72/kg no Oeste Catarinense, respectivos aumentos de 15,4% e de 17% sobre as cotações médias de igual intervalo do ano passado. Na mesma comparação, o preço da saca de 60 quilos de milho registra queda de 18,2% em Campinas (SP) e de 17,4% em Chapecó (SC), passando para R$ 26,78 e R$ 26,59, nesta ordem.
Segundo levantamento do Cepea, em início de ano, a quantidade de suínos prontos para abate já tende a ser menor, visto que produtores aproveitam a demanda aquecida no período de festividades, inclusive por animais mais novos, para vender seus lotes – depois, a procura tradicionalmente se enfraquece. Neste ano, pesa, ainda, o fato de o plantel estar menor, reflexo da crise do setor em 2012 (elevados preços dos insumos e baixas cotações do vivo).
Apesar da situação favorável em relação ao ano passado, nos últimos dias, suinocultores paulistas e mineiros se depararam com um cenário mais estável. Entre 9 e 16 de janeiro, o quilo do suíno pago ao produtor permaneceu na média de R$ 4,18 em São Paulo e de R$ 4,05 em Minas Gerais.
No atacado da Grande São Paulo, frigoríficos comentam que não conseguem obter a mesma sustentação observada no mercado de animais vivos. Em sete dias, o quilo da carcaça comum recuou 3,1%, passando para a média de R$ 5,89 nessa quinta-feira. A carcaça especial se desvalorizou 2,3% no período, a R$ 6,34/kg.
No Sul do País, os preços pagos ao produtor paranaense ainda subiram 1,7% nos últimos sete dias, com o quilo passando para R$ 3,52 na quinta. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, houve respectivas quedas de 1,2% e 0,3% – os Indicadores fecharam a R$ 3,35/kg e R$ 3,25/kg nesta quinta. Porém, esses recuos, por ora, não indicam uma inversão do mercado.
Preço recebido pelo produtor (R$/Kg), sem ICMS
Fonte: Cepea/Esalq
Para mais informações, acesse: www.cepea.esalq.usp.br/suino