O porto de Paranaguá, segundo maior exportador de grãos do Brasil – atrás apenas de Santos -, deverá elevar em até 25 por cento os embarques de soja, farelo de soja e milho em 2014.
A expectativa do porto paranaense é elevar os embarques de grãos para 20 milhões a 22 milhões de toneladas, ante 17,6 milhões no ano passado, disse a autoridade portuária na sexta-feira (17).
“Esse fluxo começa a ficar intenso já no início de fevereiro, mas são os meses de março e abril os mais movimentados, principalmente por conta da soja”, disse a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em nota.
O escoamento por Paranaguá é fortemente gerenciado pelo poder público, já que boa parte dos grãos é embarcada em uma estrutura de cais compartilhada, o chamado Corredor de Exportação. Além disso, todos os caminhões graneleiros precisam passar por um pátio de triagem estatal.
“Estamos fazendo um mutirão para escoar a super safra que se avizinha”, disse a Appa.
A autoridade portuária diz que o pátio de caminhões duplicará o número de vagas, atingindo duas mil.
A expectativa é receber quase 450 mil caminhões este ano, contra 388 mil em 2013.
“O monitoramento também está no mar, sobre a quantidade de navios que já começam a se posicionar para receber a soja, a partir deste mês”, disse a Appa.
Outro fator que pode ajudar a elevar a capacidade de escoamento de Paranaguá – onde não houve nenhum recente aumento significativo na capacidade instalada – é a criação de uma “fila expressa” para navios de exportadores que tenham melhor histórico de agilidade.
Na avaliação do presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, que acompanha as negociações dos novos critérios de atracação, a medida é positiva e deverá trazer mais rapidez para os embarques em Paranaguá.