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Economia

ABCS lidera Missão Técnica Internacional à China

Encontro com o Secretário de Relações Internacionais do MAPA selou parceria.

ABCS lidera Missão Técnica Internacional à China

Na tarde dessa quarta-feira, o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, e o Diretor Executivo da entidade, Fabiano Coser, se reuniram com o Secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa), Marcelo Junqueira Ferraz, para selar a parceria entre a ABCS e o Ministério na Missão Técnica Internacional com destino à China. Ferraz disponibilizou à entidade todo apoio e ofereceu a estrutura do Departamento de Promoção Internacional do Agro-negócio (DPI) para auxiliar nos trâmites de acesso ao país sob coordenação da Diretora Telma Ikeda Gondo.

Em 2013, a China se manteve no papel de principal comprador e também de maior vendedor de produtos para o Brasil, segundo números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Dados oficiais informam que as exportações para a China somaram US$ 46 bilhões no ano passado, novo recorde histórico, com alta de 10,8% sobre 2012 (US$ 41,22 bilhões).

Em relação ao setor de suínos, em 2012, a China produziu 480 milhões de cabeças de suínos, e consumiu 52 milhões de toneladas, consumo de 38 kg per capita (2,5 vezes o consumo brasileiro). Segundo o relatório “Perspectivas Agrícolas 2013/2022”, da FAO, a China caminha para ser a maior também em consumo per capita em 2022, o que significa superar o consumo per capita de países como a Alemanha (55kg) e a Áustria (65kg) nos próximos nove anos.

Atenta a esse mercado promissor, com grandes possibilidades de negócios, a comitiva organizada pela ABCS terá como objetivo buscar oportunidades comerciais, além de conhecer os passos da cadeia produtiva e do processamento de carne suína do maior país produtor e consumidor dessa proteína. Para isso, a comitiva estará presente na maior feira do ramo de alimentos do mundo, a SIAL e também na CAHE (China Animal Husbandry Expo), exposição que em sua última edição contou com mais de 100 mil visitantes.

O grupo será formado por empresários do setor, que visitarão também granjas, plantas industriais de abate e processamento de suínos, mercados atacadistas e órgãos governamentais do país. “O propósito desta jornada de conhecimento é o aspecto produtivo e tecnológico da cadeia da suinocultura chinesa, além de questões comerciais”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

A comitiva que irá partir do Brasil no dia 09 de maio com retorno em 23 de maio, tem como primeiro destino a cidade de Shanghai, que sediará o maior evento para a indústria de alimentos, a SIAL, que atrai compradores do setor alimentício de todo mundo, incluindo produtores, varejistas, atacadistas e supermercados. Na última edição da feira foram mais de 2.400 expositores em 8 pavilhões e cerca de 45 mil visitantes. Ainda na região de Shanghai, o grupo irá visitar granjas com mais de 10 mil matrizes, portos e indústrias frigoríficas.

Mais ao Norte da China está a província de Shandong, que concentra aproximadamente 6,4% da produção de carne suína do país, o equivalente a uma produção acima de 3,5 milhões de toneladas de carne suína (a mesma quantidade anual de toneladas produzida por todo no Brasil). A região faz parte do roteiro na missão técnica que visitará granjas de suínos e indústrias de processamento. Nesta mesma província, está localizada a cidade de Qingdao, onde a comitiva visitará a CAHE (China Animal Husbandry Expo). O foco da exposição está voltado à suinocultura com exposição de equipamentos e novas tecnologias, além de palestras com discussões sobre a saúde animal e insumos.

A parte final do roteiro se concentrará na capital Pequim, a segunda maior cidade da República Popular da China, contando, hoje, com cerca de 10,3 milhões de habitantes (dados de 2012). A comitiva realizará na cidade visitas institucionais, redes de varejo e comércio.

O diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, explica que a missão traz ao empresário do setor conhecimento e experiência sobre a produção e consumo da carne suína, bem como a oportunidade de negócios com o maior parceiro comercial brasileiro. “Estaremos frente ao gigante de consumo mundial de produtos alimentícios, e devemos aprender com países como esse sobre produção, processamento e comercialização, sem deixar de lado o interesse comercial que existe entre o nosso país e a China”, comenta Coser. Segundo ele, a expectativa da entidade é desenvolver missões técnicas internacionais a cada dois anos. “Estamos proporcionando ao setor uma oportunidade de se atualizar, conhecer e trazer para a produção brasileira uma nova visão sobre a produção de suínos”, explicou.