O preço do frango para o criador tem registrado alta em algumas regiões do Brasil. Na região de Holambra, em São Paulo, o preço pago pelo frango teve aumento de cerca de 12%. De acordo com especialista, dois fatores explicam a alta.
Há mais de 40 anos, a família Bassi se dedica à produção de frango na propriedade no município de Holambra, em São Paulo. O criador Francisco Bassi herdou a granja de seu pai, aumentou o negócio e já passa a atividade para os filhos. A família mora no sítio de nove hectares. “Eu crio 72 mil aves em quatro galpões”, diz.
A criação segue o modelo clássico de integração. A cooperativa de Holambra fornece os pintinhos e a ração. Os criadores entram com mão-de-obra, equipamentos e galpões. O lote tem que estar pronto para o abate em 45 dias. A família está conseguido resultados favoráveis com a granja. O preço pago pelo frango registrou um aumento de cerca de 12% na região.
Segundo Érico Pozzer, diretor da cooperativa local e presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), a tendência de alta é explicada por dois fatores. “O primeiro é que saímos de uma crise de 2011/2012 e as empresas trabalharam com margem em 2013”, diz.
O segundo motivo para a alta dos preços vem do aumento da produtividade. No modelo de integração, o valor pago por ave depende da conversão alimentar. O criador que produzir mais carne com menos gasto de ração conseguem um bônus no preço.
De acordo com Érico Pozzer, com a recuperação do mercado a cooperativa de Holambra, por exemplo, passou a fornecer pintinhos e ração de melhor qualidade aos integrados. Os criadores também tiveram mais fôlego para investir nas instalações.
A família Bassi investiu em um comedouro automático, que foi instalado em meados de janeiro. Com o equipamento, que custou R$ 22 mil, há menos desperdício de ração. A família tem planos de aumentar a atividade.
O mercado do frango varia de região pra região. Em alguns lugares, os criadores enfrentam dificuldade para fechar as contas.