O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, elogiou as conquistas para o agronegócio implantadas pelo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, no Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015, anunciadas ontem (19), em Brasília (DF).
Lembrando a visita de Neri Geller à ABPA em abril, Turra destacou como elogiável a condução pelo Ministro na construção no novo Plano, que manteve a mesma postura que teve enquanto Secretário de Política Agrícola, interagindo e levantando as demandas de cada cadeia produtiva do agronegócio.
O presidente da ABPA aponta, no entanto, a necessidade de criação de mecanismos de acompanhamento da regulamentação de cada programa do Plano Agrícola e Pecuário. Ele lembra os problemas enfrentados pelo setor avícola brasileiro para a obtenção de recursos a partir do Inovagro, um dos mais importantes programas do Plano anterior.
“No ano passado, foram disponibilizados R$ 1 bilhão para inovação e investimentos em modernização. Infelizmente, estes recursos só ficaram acessíveis a partir de janeiro deste ano, ou seja, mais de seis meses represados. Por hábito, as instituições financeiras dificultam o acesso a financiamento de longo prazo e juros baixos. Sem uma regulamentação das linhas, ficou impossível acessá-las ou mesmo obter informações”, ressalta Turra.
O Inovagro contemplava, entre outros pontos, a modernização dos aviários brasileiros, um ponto sensível para a melhoria da competitividade do setor. Conforme explica o presidente da ABPA, pequenos e médios avicultores e suinocultores dependem do recurso para adquirir novas estruturas.
“Os investimentos nas estruturas da suinocultura e da avicultura não são apenas uma questão de ganho de produtividade. É algo levado em consideração pelas missões de mercados importadores quando visitam nossa produção. Modernizar é um imperativo da necessidade de manter mercados. Com este represamento de recursos, perdemos um semestre neste processo de atualização das granjas ”, defende.