Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Exportação

Fraco resultado na exportação de maio surpreende mercado suíno

O mercado brasileiro de carne suína chega ao final da primeira semana de junho com um quadro de poucas alterações nos preços.

Fraco resultado na exportação de maio surpreende mercado suíno

O mercado brasileiro de carne suína chega ao final da primeira semana de junho com um quadro de poucas alterações nos preços. “O mercado não apresentou grandes mudanças durante a semana, pois o quadro, de maneira geral, ainda é de estabilidade. A média diária do quilo vivo na região Centro-Sul recuou um centavo na comparação com a última quinta-feira (29), passando de R$ 3,21 para R$ 3,20”, comenta o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Hedler.
No atacado, a média de preços da carcaça recuou três centavos, de R$ 5,06 para R$ 5,03 o quilo. “Apenas a carcaça tipo exportação comercializada no Paraná teve alteração, passando de R$ 5,43 para R$ 5,19 o quilo”, ressalta. O preço médio do pernil não apresentou mudanças durante a semana, seguindo em R$ 6,46.
Hedler destaca que o mercado ainda aguarda um aumento na demanda interna proveniente do recebimento da massa salarial, o que deve favorecer reajustes de preços em algumas praças, aliado ao fato de que as baixas temperaturas no Centro-Sul proporcionam uma procura mais efetiva por cortes suínos que são usados em pratos típicos de inverno.

A surpresa negativa, por outro lado, foi o fraco desempenho das exportações de carne suína em maio, já que a expectativa era de um desempenho bem mais promissor.
Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal indicaram que as exportações brasileiras de carne suína in natura registraram queda de 4% nos volumes embarcados entre janeiro e maio deste ano, atingindo 161,8 mil toneladas. Em receita, entretanto, houve crescimento de 0,5%, atingindo US$ 478,8 milhões.
Considerando apenas o mês de maio, os embarques de carne suína in natura decresceram 12,7% em volumes, com 32,5 mil toneladas. Seguindo a tendência do ano, a receita do mês apresentou elevação de 7%, com US$ 109,9 milhões.
Hedler justifica, no entanto, que a queda nos embarques leva em conta o fato das vendas internas de carne suína estarem bem aquecidas. “O preço da carne suína se mostra mais competitivo do que o da carne bovina mantém as vendas aquecidas. Geralmente o período de vendas fortes da carne suína ocorre a partir do segundo semestre, se estendendo até o final do ano. No entanto, como os preços estão bem acima dos observados em anos anteriores, as indústrias tem achado mais interessante realizar negócios no mercado interno do que no mercado internacional”, avalia.
Nesta quinta-feira (05), a análise de preços de SAFRAS & Mercado indicou que o quilo vivo foi cotado a R$ 2,90 na integração catarinense, mesmo valor ante a semana passada. No mercado independente a cotação caiu de R$ 3,40 para R$ 3,25. No Paraná, o mercado livre apresentou alta de um centavo no preço, que chegou a R$ 3,21. No mercado integrado, o quilo vivo recuou seis centavos, passando de R$ 3,26 para R$ 3,20. No Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 3,31 no interior e a R$ 2,91 na integração.
Em São Paulo, a arroba suína permaneceu cotada a R$ 65,50. Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 3,50. No interior de Minas Gerais e no mercado independente não houve variações de preço na semana, que permaneceram, respectivamente, em R$ 3,50 e R$ 3,20.
No Mato Grosso do Sul, o quilo vivo apresentou elevação de dez centavos em relação à semana passada, tanto em Campo Grande quanto na integração, atingindo preços de R$ 3,60 e R$ 3,10. No Mato Grosso, o quilo do animal vivo recuou de R$ 2,82 para R$ 2,80 na integração ao longo do mês. Em Rondonópolis, a cotação teve queda de dez centavos, chegando a R$ 3,00.