O mercado de ovos brasileiro nos últimos dias mostram que suas cotações ainda não esboçaram reações e a postura de agentes ainda é conservadora, diante das incertezas do mercado, segundo levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea). Por um lado, agentes acreditam que a demanda por ovos deva aumentar durante o evento esportivo, não só para o consumo do produto em si, mas também como matéria-prima na confecção de diversos outros alimentos.
De acordo com o Cepea, o que direcionou de fato o mercado, especialmente nos dias que antecederam a abertura da Copa, foi a antecipação de cargas. “A concentração dos negócios em alguns dias acaba gerando uma elevação pontual da demanda. Isso sem contar a procura de ovos para a produção de alimentos típicos de festas juninas/julinas, que já dão sinais de aquecimento, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do País”, afirmam os analistas da entidade. “Em alguns momentos, a temperatura mais amena também deu sua contribuição, principalmente para o aumento da demanda por ovos – o clima ainda não afetou a produção”.
Por outro lado, agentes se preocupam com problemas logísticos de acessibilidade ao mercado – algumas manifestações têm atrapalhado a entrega de mercadorias. Além disso, a redução dos dias para a negociação com os decretos de feriados em algumas capitais que sediam os jogos e o feriado prolongado de Corpus Chisti limita ainda mais o tempo de comercialização e entrega. O adiantamento das férias escolares também prejudicam as vendas de ovos, visto que não há demanda para merenda escolar.
“O setor de postura, igualmente, não deve se abster da preocupação com questões sanitárias, que já vinham fragilizando a produção nacional de ovos”, conclui a analista Camila Brito Ortelan..