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Exportação

Apesar de interesse russo, suinocultores brasileiros não devem contar com estabilidade da situação

Os casos recentes de Diarréia Suína Epidêmica (PEDv) nos Estados Unidos e no México fazem com que a Rússia se mostre mais interessada em importar a carne de porco brasileira.

Russian Flag — Image by © Royalty-Free/Corbis
Russian Flag — Image by © Royalty-Free/Corbis

Suínos: Conflitos políticos entre Rússia e países como Estados Unidos e da União Europeia estão trazendo possibilidades de aumento das vendas do mercado brasileiro. Brasil possui potencial de 700 mil toneladas para exportações, enquanto Rússia possui demanda 480 mil toneladas. Mas o bom cenário é em curto prazo.

Os casos recentes de Diarréia Suína Epidêmica (PEDv) nos Estados Unidos e no México fazem com que a Rússia se mostre mais interessada em importar a carne de porco brasileira. No entanto, segundo o analista Osler Desouzart, da OD Consulting, os suinocultores não devem encarar esta situação com uma situação estável.

Desouzart explica que os russos possuem um macroplano de reduzir a dependência externa do abastecimento de carne. Em 2013, eles já conseguiram diminuir esta dependência para 13%. A meta é chegar a menos de 12%. Além disso, o país pode reatar suas relações comerciais com a Ucrânia a qualquer momento, o que reabriria a ponte com as exportações europeias.

O Brasil pode atender a demanda russa a curto prazo, mas deve considerar que os países possuem interesses divergentes. A Rússia importa 480 mil toneladas para abastecer o mercado e o Brasil possui potencial de exportar 700 mil.

A PEDz, no entanto, pode colaborar para alterar a suinocultura mundial se não for controlada a tempo. Já há rumores de chegada da doença na Colômbia e, com a chegada do inverno no hemisfério sul, os produtores brasileiros também devem ficar atentos para impedir a chegada da doença.