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Economia

Origem da carne suína é questão fundamental, diz Rabobank

Entidade divulgou ontem (28/07) seu Relatório Trimestral para o mercado de suínos.

Origem da carne suína é questão fundamental, diz Rabobank

O mercado suíno global está se movimentando em direção a um recorde no 3º trimestre. Especialmente em países exportadores impactados com a Diarreia Epidêmica dos Suínos (PEDv), os preços da carne suína vão continuar batendo recordes no restante desse 3º trimestre e no último. Nos países não afetados, os altos preços das carnes brancas ajudarão nas altas dos preços da carne suína. No entanto, na União Europeia e China, o mercado vai melhorar regionalmente sem atingir os altos preços dos outros países. “Nos Estados Unidos, México, Japão e Coréia do Sul, países afetados pela PEDv, a pergunta chave é ‘Qual a origem dos porcos?'”, diz o analista da Rabobank Albert Vernooij. “Nesses países, a queda dos estoques, assim como dos custos de alimentação devem aumentar a rentabilidade dos produtores. Em contrapartida, as margens dos processadores serão pressionadas pela forte concorrência”.

Enquanto os Estados Unidos estão suavizando o impacto da doença com aumento dos preços dos suínos, que subiu cerca de 5% no último ano, a crescente escassez de carne de porco no mundo está pressionando para cima os preços de importação, afetando México, Coreia do Sul e Japão particularmente. No México, O preço da carne suína subiu cerca de 25% e pode subir ainda mais. Também sentiu-se um impacto significante no Japão, onde a importação é relativamente cara, se comparada com outros países importadores devido ao baixo valor de sua moeda, o yen. Com a oferta de carne também sob pressão, os processadores japoneses podem ter seu abastecimento prejudicado.

Para a China, a projeção futura para o mercado suinícola está ficando positiva após um começo bem difícil em 2014. Os preços da carne no mercado chinês devem continuar nos mesmo patamares atuais na maior parte desse terceiro semestre, mas vai haver um pequeno recuo norteado pelo aumento da demanda regional e o pequeno estoque após os abates feitos nos últimos meses. Isso será apoiado pelo fornecimento limitado de importações que acirrará a competição e manterá os preços em alta. O principal desafio para os suinocultores recuperarem parte de suas perdas é não limitar a expansão do rebanho. Muitos pequenos criadores deverão enfrentar demissões em 2014, o que manterá o mercado estável.

Sendo a única região com carne de porco suficiente disponível a preços razoáveis, a projeção para as exportações para a Ásia e Estados Unidos permanece positiva. No entanto, isso não será suficiente para compensar a baixa exportação dos países do centro e do leste europeu. A proibição de importações da Rússia continua como fator decisivo para os níveis dos preços. Além disso, a importância das exportações para os países do centro e do leste europeu para o valor total de carcaça, em combinação com o alto preço do Euro vai limitar o aumento dos preços da União Europeia. No entanto, se o comércio entre a EU e a Rússia for parcial ou totalmente reaberto, isso pode resultar em um grande impulso aos preços.

“Com o impacto contínuo da PEDv até 2015, as projeções para a indústria suína mundial permanecem positivas” concluiu Vernooij. “O principal coringa é manter a disciplina do abastecimento, pois muitos agricultores buscaram ampliar sua produção impulsionados pelos baixos custos de alimentação e pela alta rentabilidade”.