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Economia

Mercosul não é um espaço econômico limitado, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, ao discursar na conclusão da reunião de cúpula dos presidentes do Mercosul, que o bloco regional "não é um espaço econômico limitado".

Mercosul não é um espaço econômico limitado, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff  afirmou nesta terça-feira, ao discursar na conclusão da reunião de cúpula dos presidentes do Mercosul, que o bloco regional “não é um espaço econômico limitado”. De acordo com a presidente, o Brasil “não pode negligenciar a inserção das economias do bloco no mundo global”.

Dilma mencionou como iniciativas neste sentido a ampliação do bloco, com o ingresso da Bolívia como membro pleno; o estabelecimento de acordos de livre comércio com os países da América do Sul que não são integrantes do grupo e as negociações com outros blocos, como a União Europeia.

“Nosso bloco já concluiu a oferta compatível com as negociações com a União Europeia. A negociação só poderá prosperar com equilíbrio entre os que nós demandamos e o que eles nos oferecem”, afirmou a presidente.

Dilma Rousseff foi enfática ao solidarizar-se com a Argentina, que deve entrar em default (calote) técnico na noite desta quarta-feira, em razão da decisão judicial nos Estados Unidos, que determinou o bloqueio dos recursos para o pagamento da dívida externa renegociada do país até que o governo argentino retome os pagamentos a um grupo de credores que compraram títulos vencidos para litigar judicialmente.

“Somos integralmente solidários com a Argentina, que tem desafio considerável para reestruturar dívida. Nossa solidariedade com a Argentina não é apenas retórica. O problema atinge todo o sistema financeiro internacional”, afirmou a presidente, que criticou de modo indireto a justiça norte-americana. “Nós precisamos de um sistema com regras claras e imparciais”, comentou Dilma.

A presidente lembrou que o Brasil se apresentou como “amicus curiae” (parte interessada) da Argentina no processo judicial e se comprometeu a colocar o assunto na pauta de discussões dos países do G-20.

Dilma Rousseff ocupou boa parte de seu discurso para condenar a ofensiva israelense na faixa de Gaza. Mas o fez frisando que “a existência de dois Estados [Israel e Palestina] é pré-condição para a estabilidade”. Segundo Dilma, “o conflito pode desestabilizar toda a região”.