A geração total das usinas eólicas em maio registrou alta de 44% em relação aos valores verificados no mesmo mês do ano passado. O volume correspondeu a 747 MW médios, provenientes de 131 usinas em operação comercial. A capacidade total instalada do conjunto de usinas eólicas, de 3.331 MW, representou um acréscimo no acumulado do ano de 52,7% (1.150 MW), puxado sobretudo pela região Nordeste. Os dados são da última edição do Boletim das Usinas Eólicas, divulgado mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Os fatores de capacidade apresentados nos últimos 12 meses (o mês de maio registrou 22%) colocam o Brasil em patamar superior ao de países com maior potencial eólico instalado, como China (18%- 2012) e Alemanha (19%-2011).
O boletim da CCEE ainda destaca que a geração das usinas eólicas participantes dos leilões regulados no mês de maio foi de 442 MW médios, o que representou 59% do total da geração eólica do país, montante 103% superior ao gerado em maio de 2013. No Ambiente de Contratação Livre (ACL) houve aumento de 74% na geração em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 142 MW médios em maio,. Já a produção das usinas do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica ( Proinfa), registrada em 163 MW médios, sofreu redução de 25% se comparada ao mesmo mês de 2013.
O Nordeste foi o principal responsável pelo aumento da capacidade instalada em 2014. A região apresentou um crescimento de 69,6% no potencial para geração eólica, saindo de 1.451 MW em dezembro de 2013 para 2.460 MW em abril. O volume, proveniente de 96 usinas, representa 73,8% da capacidade total da geração. O Nordeste concentra hoje, portanto, a maior geração eólica do país: 75,7% (565 MW médios) do que é gerado pelas usinas no Sistema Interligado Nacional – SIN. O número é 63% mais alto do que o registrado para maio de 2013.
No Sul foi verificada uma capacidade instalada de 844 MW, equivalente a 25,3% do total do SIN, em um universo de 34 usinas, número 20,1% maior em relação ao final do ano passado. A região participa com 23,9% (179 MW médios) da geração eólica. Já o Sudeste apresentou uma única usina, com capacidade de 28 MW, dentro de todo o período analisado, e geração de 0,4% (3 MW médios).