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Economia

Agronegócio brasileiro não pode prescindir de conhecimento, diz pesquisador

Se o agronegócio brasileiro quer se manter competitivo, não pode prescindir de conhecimento

Agronegócio brasileiro não pode prescindir de conhecimento, diz pesquisador

Se o agronegócio brasileiro quer se manter competitivo, não pode prescindir de conhecimento. Foi o que defendeu, nesta terça-feira (12/8), o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Elisio Contini, durante seminário sobre perspectivas para o setor, realizado pela Câmara Americana de Comércio, em São Paulo (SP).

Contini avaliou que o processo de inovação na produção agrícola foi fundamental para o aumento da eficiência no campo. “Isso se deve ao agricultor, às empresas, pesquisa, a toda a cadeia”, disse o pesquisador da Embrapa. Ele lembrou que , da safra 1993/1994 até a safra 2013/2014, a produção de grãos no Brasil saltou de 76 milhões para 193,9 milhões de toneladas de grãos enquanto a área plantada passou de 39,09 milhões para 56,82 milhões de hectares.

Outro efeito, de acordo com o pesquisador, foi o efeito da produção agrícola no saldo comercial do Brasil. De 1989 a 2013, o saldo comercial do agronegócio (diferença entre importações e exportações) foi positivo em US$ 797 bilhões enquanto o saldo total do Brasil foi positivo em US$ 380 bilhões no período.

Durante sua exposição no seminário, Elisio Contini destacou a importância das parcerias entre o setor público e privado para o desenvolvimento da pesquisa no agronegócio. Segundo ele, atualmente, a Embrapa tem 162 parcerias vigentes em pesquisa e desenvolvimento. A maior demanda é para insumos biológicos (35%), seguido por processo tecnológicos (27%) e cultivares (20%).

“Isso nos deixa próximos do setor privado. Avaliamos como positiva a participação do setor privado no desenvolvimento de sementes, mas não vamos ficar ausentes”, afirmou o pesquisador, destacando também o processo de internacionalização da Embrapa, que vem ocorrendo desde 1998.

Sobre os investimentos em pesquisa no agronegócio, Elisio Contini disse que gostaria que fossem maiores, principalmente da parte do setor privado. Segundo ele, cerca de 70% dos portes de recursos ainda são públicos, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, cada segmento contribui com metade dos recursos.

Apesar da ressalva, avaliou de forma positiva a atual situação no Brasil. “A Embrapa tem uma consideração da sociedade, um orçamento próximo de US$ 1 bilhão, o que não é pouco para a sociedade brasileira”, avaliou Contini.