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Carne de Javali

Criadores de javali estão recebendo 25% a mais pelo quilo da carne em SP

A procura pela carne de javali, em São Paulo, aumentou e fez o preço subir para a alegria dos criadores

Criadores de javali estão recebendo 25% a mais pelo quilo da carne em SP

A procura pela carne de javali, em São Paulo, aumentou e fez o preço subir para a alegria dos criadores.

O javali é comum na Europa, mas está se adaptando muito bem no Brasil e vem dando lucros.
Uma propriedade de 115 hectares, em Brotas, na região central de São Paulo, tem hoje 210 cabeças. O preço pago pelo quilo da carne ao produtor subiu 25% do ano passado para cá, passando de R$ 8 para R$ 10.

Os javalis ficam em piquetes, que são áreas menores. A alimentação é controlada. Eles comem muitos produtos cultivados na própria fazenda, como abóbora, milho, cana e capim.

Em Brotas, a produção de javalis é autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em todos país existem só outros quatro criadores.

Para conseguir autorização, o criador teve que fazer muitas adaptações. Em volta de toda a área onde ficam os javalis, tem que ter duas cercas, como uma elétrica e um alambrado. Também foi preciso colocar uma placa de concreto para evitar que os animais cavem buracos e passem por baixo, medidas necessárias para impedir que eles fujam da propriedade.

Para tornar o acompanhamento ainda mais rigoroso, os criadores são obrigados a colocar chips nos animais. Toda essa preocupação tem justificativa: sem controle, eles podem se transformar em uma praga.

“Eles arrancam o milho na hora que está nascendo, a cana também, é um prejuízo enorme. Podem também matar os porcos, já aconteceu aqui na região”, explica Dino César Pereira, administrador da fazenda.

Com o manejo correto, a carne exótica tem mercado garantido e toda produção sempre é vendida.

Para Vera Pereira, cozinheira da fazenda, não é a toa. “O javali não tem gordura, o pouco que tem, dá pra tirar. É muito mais saudável e as pessoas estão aprendendo a degustar mais a carne”.