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Paraná volta a apostar na soja e milho terá menor área da história

Com um novo salto de 3% no plantio, a soja deve ocupar área recorde no Paraná na temporada 2014/15.

Paraná volta a apostar na soja e milho terá menor área da história

Com um novo salto de 3% no plantio, a soja deve ocupar área recorde no Paraná na temporada 2014/15. Assim como vem ocorrendo nos últimos anos, a oleaginosa deve avançar sobre terras antes dedicadas ao milho verão, que deve registrar a menor semeadura da história, apontou a primeira estimativa do governo paranaense para a nova safra.

Nas contas do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), os produtores dedicarão à soja pouco mais de 5 milhões de hectares e, em condições normais de clima, têm potencial para retirar dos campos recordes 17,1 milhões de toneladas da oleaginosa – um aumento de 18% na comparação com o ano passado, quando a seca reduziu o potencial de produção em cerca de 2 milhões de toneladas. Com recuo de 14% no plantio, a primeira safra de milho deve ocupar 572,6 mil hectares e, com recuperação dos índices de produtividade, pode render cerca de 5 milhões de toneladas ao estado.

O milho perdeu área no Paraná nas últimas duas safras, com produtores apostando no cereal na segunda safra (safrinha), que cada vez ganha mais importância no Brasil, com a opção pela soja no cultivo de verão. O plantio do cereal começou no final do mês passado e se estende até o final de dezembro. Os trabalhos de campo da oleaginosa têm início no dia 15 de setembro, quando encerra o vazio sanitário.

“Apesar da retração dos preços da soja nos últimos meses a opção dos produtores pela oleaginosa se deve ao fato de que ainda é o produto mais atrativo em comparação com as outras duas maiores culturas do verão, que são o milho e o feijão”, explica o relatório. Desde 2010, a cotação da soja deu um salto de 68% no estado, passando de pouco mais de R$ 35 para cerca de R$ 60 por saca. O preço médio nominal mensal recebido pelo produtor paranaense neste ano é de R$ 60,41/saca, até agosto, segundo a Seab.

Além do milho, a soja deve tomar área do feijão, que também enfrenta preços baixos, em função do excesso de oferta. A área dedicada ao alimento deve cair 14%, para 204 mil hectares. Com clima normal, a produção paranaense de feijão das águas deve chegar a 375 mil toneladas, 7% menor que na safra passada. A safra total de verão do Paraná é estimada pela Seab em 22,6 milhões de toneladas, aumento de 2 milhões de toneladas ante a temporada anterior.