As exportações brasileiras de carne suína e bovina poderão saltar entre 10% e 20% cada em 2015, impulsionados pela demanda de alimentos da Rússia para compensar o embargo imposto em agosto por parte de outros países que até então eram seus fornecedores principais, de acordo com um relatório elaborado recentemente pela equipe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília.
A estimativa é que as vendas internacionais de carne suína do Brasil aumentem em 20%, para 696 mil toneladas, um recorde nos últimos oito anos, enquanto os embarques de carne bovina aumentarão em pelo menos 10%, previu o USDA.
O Brasil já é o maior exportador de carne suína e bovina para a Rússia, e é o líder mundial em vendas externas de carne bovina, enquanto ocupa o quarto lugar mundialmente em exportações de carne suína.
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O ano passado foi um ano recorde de exportações para a carne bovina brasileira, totalizando 1,5 milhão de toneladas e US$ 6,6 bilhões em receita. O país está em um ritmo recorde este ano, e ultrapassou a marca de 1 milhão de toneladas no fim de agosto.
Cerca de cem plantas de processamento para carne in natura de boi, aves, suínos e suas respectivas miudezas foram aprovadas para exportação pela Rússia desde 6 de agosto, quase triplicando o número de frigoríficos brasileiros previamente aprovados, após o embargo total imposto aos russos pelos Estados Unidos, Austrália e outros países por um ano inteiro.
A dependência da Rússia sobre o Brasil chega a um momento perfeito para seus frigoríficos, que estão enfrentando um mercado interno estável, além de inflação e crescimento econômico fracos, que vão limitar o consumo de carne bovina doméstica para 1,2% de crescimento no próximo ano, e 1,8% para carne suína, revelou o USDA em Brasília.
Fontes comerciais do USDA esperam que as exportações brasileiras de carne suína representem entre 35% e 40% do mercado russo em 2015.
