Em agosto, o Brasil exportou 42,1 mil toneladas, com uma receita de US$ 142,3 milhões. Houve queda de 19,4% no volume exportado em relação ao mesmo mês do ano passado, aumento de 7,2% na receita e elevação de 33% no preço médio.
No acumulado do ano, as vendas somaram 319 mil toneladas e US$ 980,6 milhões, queda de 7% no volume e aumento de 10,3% na receita, em comparação com o intervalo janeiro-agosto de 2013. Rússia e Hong Kong, que tiveram participação de 34,4% e 23,1%, respectivamente, nas exportações de carne suína, em agosto, foram os mercados que registraram maior crescimento dos embarques brasileiros do produto. O Brasil vendeu para a Rússia 14,5 mil toneladas, 16,2% mais do que em agosto de 2013.
Em receita, o valor foi de US$ 70,7 milhões, um aumento de 82,5% na comparação com igual período de 2013. Para Hong Kong, os embarques somaram 9,7 mil toneladas, 9,6% mais em relação a agosto do ano passado, e US$ 25,2 milhões, resultado 22,7% superior ao de 2013. “O resultado de agosto mostra que o Brasil vem mantendo a média mensal em torno de 40 mil toneladas. Em setembro, os embarques deverão aumentar, tendo em vista as novas habilitações de frigoríficos anunciadas recentemente pela Rússia.
O cenário é favorável, pois o País passa por uma situação de oferta ajustada à demanda, tanto interna quanto externa, e os preços internacionais estão em patamar ascendente, com aumento de 33% em agosto, em relação a agosto de 2013″, diz Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente de suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). De acordo com o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, as perspectivas até o final do ano são positivas, não só pela elevação dos preços no mercado externo, como também pela conjuntura interna, que tende a favorecer o aumento do consumo de carne suína.
Além do mais, o cenário de oferta e demanda ajustadas está compatível com o volume de exportação de 40 mil toneladas mensais”. O terceiro principal destino para a carne suína, em agosto, foi Angola, que importou 5,1 mil toneladas (12% de participação). Em seguida, vieram Singapura, com 2,7 mil toneladas e participação de 6,3%, e o Uruguai, com 1,7 mil toneladas, respondendo por 4,2% dos embarques. Os principais mercados, em termos de receita, em agosto, foram Rússia, com 49,6% do faturamento, Hong Kong, com 17,7%, e Angola, com 6,2%.
De janeiro a agosto, as vendas para a Rússia somaram 112,4 mil toneladas e US$ 474,6 milhões, uma elevação de 18,4% em volume e 70,2% em receita, ante o mesmo período de 2013.
Embora a abertura de mercado do Japão, ocorrida em 2013, ainda não reflita um volume significativo de venda, o crescimento nos embarques vem acontecendo: de janeiro a agosto deste ano, os japoneses compraram 2,1 mil toneladas, um crescimento de 971% em relação a janeiro-agosto de 2013, quando o Brasil exportou para lá apenas 196 toneladas.
Os principais destinos para a carne suína, em 2014, foram: 1 Rússia – 112,4 mil toneladas – 35,2% 2 Hong Kong – 73,7 mil toneladas – 23,1% 3 Angola – 33,9 mil toneladas – 10,6% 4 Cingapura – 23,6 mil toneladas- 7,4% 5 Uruguai – 13,9 mil toneladas- 4,3% Estados que mais exportaram: De janeiro a agosto de 2014, os estados que mais tiveram participação nas vendas externas de carne suína, foram: Santa Catarina (139,3 mil toneladas); Rio Grande do Sul (81,1 mil toneladas); Minas Gerais (28 mil toneladas); Paraná (27,4 mil toneladas); Goiás (26,7 mil toneladas).