A Bonfiglioli se prepara para produzir no Brasil a linha planetária de redutores eólicos da marca. Esse tipo de redutor alia como nenhum outro alto torque, robustez e compacidade, características fundamentais em aplicações eólicas. Líder mundial em acionamentos para energia eólica, a expectativa da empresa é de trazer ao país a experiência de quem atende os principais fabricantes de aerogeradores no mundo.
De acordo com Mateus Botelhos, diretor da unidade brasileira da Bonfiglioli, foram investidos cerca de R$ 15 milhões na planta instalada em São Bernardo do Campo (SP), que fabricará os redutores eólicos no Brasil a partir de outubro, incluindo equipamentos para linha de montagem, treinamento de plantel interno, treinamento de fornecedores e ferramental. “Este montante não inclui a reestruturação que tivemos em alguns departamentos da empresa como Qualidade, Engenharia e Operações, que agora estão mais alinhados às necessidades para o fornecimento de produtos seriados de forma contínua, com forte monitoramento de todas as etapas da cadeia de abastecimento”. O investimento do grupo previsto para 2014 no setor de energias renováveis é de € 6,8 milhões mundialmente.
“Iniciaremos nossa operação com capacidade para atender todo o planejamento dos nossos clientes para 2015. A expectativa para os anos seguintes é a de que a demanda possa aumentar. Caso este fato se concretize, ainda teremos como aumentar o número de turnos de trabalho além de eventualmente agregar linhas de montagem adicionais.”
O espaço para crescimento no país é amplo, já que, de acordo com a ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica, hoje são 205 usinas instaladas no país, mas que compõe somente 4% de toda a matriz energética no país, ou 4,8 GW. Apesar disso, em torno de 694,2 toneladas de CO2 foram evitadas, entre janeiro e maio de 2014, por conta da energia eólica já instalada no país.
“Queremos utilizar o know-how que conseguimos construir fora do Brasil por fornecer equipamentos para esta indústria há mais de 20 anos, e trabalhar em conjunto com os nossos clientes e fornecedores locais para que as soluções sejam mais rápidas e compartilhadas. Talvez o principal desafio seja estruturar a cadeia produtiva de maneira que ela seja robusta e, ao mesmo tempo, competitiva. Por outro lado, acreditamos que este seja um desafio da indústria brasileira como um todo”, finaliza Botelhos.
Os resultados gerais da Bonfiglioli em 2013 mostram que o grupo não apenas manteve suas participações de mercado, mas criou excelentes perspectivas para 2014. Seu faturamento atingiu € 614 milhões. Os investimentos em 2013 com pesquisa e desenvolvimento, bem como plantas e infraestrutura totalizaram aproximadamente € 16 milhões.