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Economia

Cotação mineira da carne de suíno está em alta com crescimento de exportação e baixa oferta

O quilo do suíno vivo foi negociado a R$ 3,80 na primeira semana de fevereiro.

Cotação mineira da carne de suíno está em alta com crescimento de exportação e baixa oferta

O aumento das exportações em janeiro, aliado à menor oferta, fez com que os preços pagos pelo quilo do suíno vivo se mantivessem bem superiores aos registrados na média de janeiro e dos primeiros dias de fevereiro

Em Minas Gerais, o quilo do suíno vivo foi negociado a R$ 3,80 na primeira semana de fevereiro, valor 35,7% superior ao praticado em igual período do ano passado.

A alta nos valores pagos pelo quilo do suíno vivo em Minas Gerais está atrelada à menor oferta do produto. Após registrar meses de prejuízos o quilo do animal chegou ao preço recorde de R$ 4 em dezembro, o que estimulou a comercialização de animais abaixo do peso ideal. O receio de ocorrer quedas significativas ao longo do primeiro bimestre, o que geralmente acontece, foi o principal fator que estimulou a negociação antecipada dos suínos.

Com a menor oferta em janeiro, o aumento dos embarques e o consumo ainda em alta os preços se mantiveram em patamares lucrativos. De acordo com dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), em janeiro, o preço médio registrado no Estado foi de R$ 3,90 por quilo do animal vivo. Na terceira semana do mês o valor chegou novamente a R$ 4 por quilo do suíno vivo. No mesmo período do ano anterior, a cotação do suíno era de R$ 3.

Nos primeiros dias de fevereiro, a cotação do produto ficou em R$ 3,80, valor 35,7% superior ao praticado em igual mês de 2012, quando o volume era negociado a R$ 2,80.

Motivos – De acordo com os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), além do abate de animais mais leves em dezembro, a sustentação dos preços acima dos R$ 3 se deve também ao maior volume de carne exportada.

Segundo dados divulgados pelo Cepea, com base no levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em janeiro foram exportadas 34,6 mil toneladas de carne suína in natura, quantidade 7,1% superior à de dezembro de 2012 e 12,7% maior que a de janeiro de 2012.

De acordo com os pesquisadores, considerando-se apenas os meses de janeiro da série histórica que se iniciou em 2004, o volume embarcado no primeiro mês de 2013 é semelhante ao exportado no mesmo período de 2005, até então, o maior para o período.

Em Minas Gerais, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), as exportações de carne suína somaram 12,9 mil toneladas em janeiro, frente a 8,8 mil toneladas embarcadas em igual mês de 2012, variação positiva de 46,5%. O faturamento gerado com as negociações com o mercado externo somou US$ 2,6 milhões, alta de 26%.

Para os pesquisadores do Cepea, os dados de exportação atrelados à menor oferta de animais prontos para abate contribuíram para a elevação dos preços em janeiro. Além de Minas, também foi registrada variação positiva nas demais regiões produtoras do país.

Neste início de fevereiro, no entanto, segundo dados do Cepea, as cotações do animal vivo e da carne vêm recuando, como conseqüência, principalmente, das vendas fracas ao consumidor final. De janeiro para fevereiro, o quilo do suíno vivo ficou R$ 0,10 mais barato em Minas Gerais.

Em relação à oferta de animais, os pesquisadores do Cepea observaram que os suínos não estão tão leves como em semanas anteriores, o que proporciona um maior ajuste entre a oferta e a demanda de frigoríficos.

Para o mês de fevereiro, segundo a consultoria Safras & Mercado, a perspectiva é de que os preços fiquem estabilizados. Este cenário será possível se a oferta de animais permanecer ajustada, tendo em vista que neste mês a demanda também tende a ser menos aquecida. Para março, os preços podem se acomodar rapidamente com a entrada da safra de milho e soja.