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Eportação

Brasil eleva exportação de carne suína com demanda russa

O crescimento das vendas em volume e receita para Rússia, Ucrânia e Uruguai sustentou os bons resultados do setor no período.

Brasil eleva exportação de carne suína com demanda russa

O volume de exportações de carne suína do Brasil cresceu 5,08 por cento em janeiro em relação ao mesmo período de 2012, somando 40,1 mil toneladas, tendo a Rússia como principal destino no mês, informou associação da indústria nesta quinta-feira.

A receita no mês aumentou 7,42 por cento, para 104,64 milhões de dólares, informou a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

Segundo Abipecs, o preço médio subiu 2,2 por cento, para 2.608 dólares por tonelada.

O crescimento das vendas em volume e receita para Rússia, Ucrânia e Uruguai sustentou os bons resultados do setor no período.

A Rússia, principal destino com uma fatia de 29 por cento das vendas totais, recebeu 11.940 toneladas, um crescimento de 454 por cento ante janeiro de 2012 (2.154 t).

As vendas para o mercado russo permaneceram fracas no ano passado, ainda sob reflexo do embargo parcial iniciado em junho de 2011, que vetava as compras de carnes dos Estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

Mas a Rússia manteve as compras de carnes de outros Estados. Em novembro passado, o Ministério da Agricultura do Brasil anunciou a suspensão do embargo parcial, mas Moscou ainda mantém algumas restrições para a retomada das compras dos três Estados.

O faturamento com as vendas para o mercado russo em janeiro cresceu 459 por cento, passando para 34,96 milhões de dólares.

As vendas brasileiras para o mercado russo retomaram força ao longo do segundo semestre do ano passado, depois que o governo russo habilitou mais quatro frigoríficos: um em Goiás, dois em Minas Gerais e um Santa Catarina.

“Janeiro foi um mês bom (para a Rússia), mas não é o melhor… Agora, com quatro frigoríficos, eu diria que já está no limite”, disse o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto.

Mas ele ponderou que, mesmo com o crescimento, as exportações ao mercado russo ainda são metade da média do passado, quando o Brasil tinha ao menos de 10 a 12 frigoríficos habilitados.

A expectativa da indústria é que a Rússia volte a habilitar novos frigoríficos, sejam nos Estados que não sofrem restrições ou em outros Estados.

Na próxima semana, nos dias 18 e 19 de fevereiro, acontecerá no Brasil a segunda reunião do comitê agrário Brasil-Rússia, informou a assessoria do Ministério da Agricultura. Na ocasião devem entrar em pauta as questões sanitárias que envolvem as restrições a frigoríficos brasileiros.

Outros destinos – Hong Kong, com uma participação de 21 por cento das vendas, foi o segundo destino, com 8.469 toneladas, seguido por Ucrânia (16,5 por cento), com 6.620 toneladas em janeiro.

As vendas para o Uruguai cresceram 47 por cento em volume em relação à janeiro do ano passado. Em receita, o incremento foi de 46 por cento, para 4,26 milhões de dólares.

O mercado ucraniano registrou um crescimento de 29 por cento em volume. Em receita, o crescimento foi de 24 por cento para 17,93 milhões de dólares.