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Mercado Interno

Produtores integrados de MT reclamam que o valor pago está defasado

Em Nova Mutum, norte de MT, o quilo vivo custa 30% menos do que deveria.

Produtores integrados de MT reclamam que o valor pago está defasado

Avicultores integrados a uma empresa frigorífica de Nova Mutum (269 quilômetros ao norte de Cuiabá) estão enfrentando dificuldades para continuar na atividade. Representantes da Associação dos Avicultores Integrados de Nova Mutum (AIP) estiveram reunidos com o diretor de Relações Institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rogério Romanini, para pedir apoio da entidade na tentativa de um acordo com o frigorífico. A AIP é composta por 122 produtores rurais responsáveis por 750 aviários.

Segundo o presidente da AIP, Valdemar Grando, a relação entre o custo de produção e o preço pago aos produtores pelo quilo do produto está defasado em cerca de 30%. “Os insumos vêm subindo e o preço pago ao produtor continua o mesmo há cerca de três anos. O valor de um lote, que varia entre 60 mil a 65 mil animais e é entregue a cada 45 dias à empresa, soma R$ 20 mil. É necessário que se faça a correção da planilha de custeio. A empresa não está pagando pelos lotes conforme os contratos de parceria e o termo de compromisso firmado com o Banco do Brasil”, completa Grando. O esquema de integração funciona da seguinte maneira: a empresa disponibiliza os animais e a ração e os produtores entregam as aves em lotes a cada 45 dias.

Segundo Grando, os avicultores já tentaram um acordo com a empresa, porém, sem sucesso. “Desde as outras diretorias da associação estamos tentando negociar da melhor maneira, mas não estamos tendo êxito. Já enviamos ofícios, notificação oficial e notificamos a empresa judicialmente, mas não obtivemos resposta. Por isso, nós procuramos a Famato para que nos ajude a marcar uma reunião com a superintendência do Banco do Brasil para que a instituição tome conhecimento da situação”, informa o presidente da AIP.

O diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini, comenta que a entidade irá intermediar uma reunião. “Vamos procurar marcar no mês de abril uma reunião entre os produtores, a empresa e o Banco do Brasil para apresentar a situação e tentar encontrar um acordo. Sabemos que a avicultura é uma cadeia muito importante para o agronegócio mato-grossense, porém, é necessário que os produtores tenham condições de se manter na atividade”, destaca Romanini.