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Economia

Bolsa de Tóquio fecha em alta; indicadores da China pesam em Xangai

O iene esteve em baixa em Tóquio, ajudando o índice Nikkei a renovar sua pontuação máxima de fechamento em cinco anos e quatro meses.

Um possível plano do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para reduzir o pesado programa de compra de bônus que vem sendo conduzido pela autoridade monetária impulsionou o dólar na Ásia frente ao iene, o que contribuiu para os ganhos das ações de exportadoras japonesas nesta segunda-feira.

Uma reportagem do “Wall Street Journal”, publicada pela agência “Dow Jones” na sexta-feira, apontou que o Fed mapeou uma estratégia para retirar o programa de compra de bônus de US$ 85 bilhões.

O plano, segundo fontes, tem como objetivo diminuir gradualmente o volume de bônus comprados, variando as aquisições à medida que a confiança no mercado de trabalho evolui. O momento de quando o plano começará a entrar em ação ainda está sendo debatido.

“Essa história está circulando nos mercados e os investidores fizeram uma leitura atenta”, disse o diretor de câmbio do Credit Agricole em Tóquio, Yuji Saito. “Essa reportagem e o fato de [o presidente do Fed, Ben] Bernanke ter faltado à reunião do G-7 despertaram a especulação no mercado de que o Fed possa estar seriamente pensando em iniciar logo a saída do programa de afrouxamento.”

“O tema geral é que o dólar está dominando as negociações”, disse o operador da CMC Markets em Sydney Tim Waterer, apontando os dados de vendas no varejo nos Estados Unidos, a serem divulgados nesta manhã, como o próximo possível catalisador para mais movimentos do dólar.

O iene esteve em baixa em Tóquio, ajudando o índice Nikkei a renovar sua pontuação máxima de fechamento em cinco anos e quatro meses.

A ação da montadora Nissan Motor encerrou em alta de 4,5% após anunciar lucro em seu ano fiscal e fazer previsões positivas. Hitachi ganhou 7,8% após dizer que espera um aumento de 20% de seu lucro líquido para este ano. Panasonic anunciou balanço fraco, mas fechou em alta de 7,6% porque o mercado se voltou à projeção da empresa de voltar a ter lucro no atual ano fiscal, que termina em março de 2014.

Xangai – Os mercados de ações da China, ao contrário, fecharam em baixa em reação ao aumento de 9,3% da produção industrial do país em abril na comparação com igual mês do ano passado. O resultado ficou abaixo da previsão de expansão de 9,5%. Outro dado considerado fraco foi o crescimento de 20,6% do investimento em ativos fixos no período de janeiro a abril, menor que a alta de 20,9% apresentada no período de janeiro a março.

Também pesou sobre o mercado uma notícia do “China Securities Journal” informando que a comissão que regulamenta o mercado de ações do país poderá retomar as aprovações de ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) apenas no terceiro trimestre. Ações de corretoras fecharam em baixa, bem como empresas do setor imobiliário.

Em Hong Kong, o mercado foi pressionado por uma realização de lucros, além dos dados chineses. PetroChina, que na semana passada havia disparado 7,7%, caiu 1,9%. A seguradora China Life caiu 3,2%, após subir 5,5% na semana passada e empresas de energia fecharam em baixa generalizada.

Cotações das bolsas – A bolsa de Tóquio fechou com o índice Nikkei em alta de 1,20%, aos 14.782,21 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng cedeu 1,42%, para 22.989,81 pontos. Em Seul, o Kospi ganhou 0,20%, encerrando aos 1.948,70 pontos. Na China, o índice Xangai Composto cedeu 0,22%, para 2.241,92 pontos, enquanto o Shenzhen Composto subiu 0,29%, para 974,20 pontos.