Uma pesquisa para melhorar a qualidade da carne suína, com cruzamento de raças, está sendo realizado e coordenado pela Embrapa Suínos e Aves. Um dos objetivos do trabalho também é melhorar o marmoreio, que é a quantidade de gordura entre os músculos do animal.
Este trabalho vem ao encontro dos objetivos do Grupo de Trabalho formado com várias instituições, além de quatro frigoríficos e coordenado pelo Instituo Nacional da Carne Suína, INCS e Embrapa, para conquistar uma melhor valorização e remuneração dos produtos fabricados por pequenos e médios frigoríficos do Meio Oeste Catarinense. Ainda a orientação do representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Ramos, quando da realização do Workshop sobre Indicação Geográfica de produtos cárneos para o Meio Oeste Catarinense em Concórdia, para que se iniciasse o trabalho de comercialização de alguns produtos em alguns pontos de vendas dos produtos fabricados pelas pequenas e médias agroindústrias da região.
No final de julho, devem ser abatidos alguns suínos produzidos através deste experimento e o objetivo é que a carne fique parecida com os suínos abatidos antigamente para a produção de salames, copas e outros embutidos. “Como nosso objetivo é valorizar os produtos fabricados na nossa região, com destaque para a produção artesanal de qualidade, mas com sabor diferenciado, precisamos ter animais que nos forneçam este tipo de carne, diferente do que se vem trabalhando há anos, para diminuir a gordura, os chamados suínos lights”, explica o presidente do Instituo Nacional da Carne Suína, INCS, Wolmir de Souza.
Encontros com pesquisadores e proprietários dos quatro frigoríficos que fazem parte do grupo estão sendo realizados, para definir quais abatedouros irão fabricar os diferentes produtos, para depois apresentar para o consumidor, avaliar a aceitação e a viabilidade dos embutidos no comércio. “Enquanto isso, vamos trabalhando para agilizar as normativas e legislação para conquistarmos o selo de qualidade”, finaliza.
Pesquisa
Ao encontro dos objetivos do INCS, juntamente com Embrapa Suínos e Aves, e Associação dos Produtores de Carne e Derivados do Meio Oeste Catarinense, Aprosui, vem a publicação de uma pesquisa, apontando que consumidores com nível superior de estudo, graduação e pós graduação, pagariam de 20% a 70% a mais por carnes com selo de qualidade e garantia que não houve maus tratos na produção e no abate do animal. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Faculdade de Administração da Coppead/ UFRJ, sob a orientação do professor Celson Funccia Leme. “ Os consumidores consideram um sensível incremento no preço que estariam dispostos a pagar por uma carne certificada”, diz.