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Exportação

Exportações de carne suína caem em volume quase 18% em maio e 11% no acumulado do ano, na comparação com igual período de 2012

Ucrânia, um dos principais mercados, não comprou nada em maio, o que explica a queda acentuada nas vendas do Brasil.

Exportações de carne suína caem em volume quase 18% em maio e 11% no acumulado do ano, na comparação com igual período de 2012

As exportações brasileiras de carne suína caíram quase 18%, em maio, basicamente pela ausência de vendas para a Ucrânia, que em abril ainda chegou a importar 1.655 toneladas. O fechamento do mercado ucraniano, desde 20 de março último, levou a uma retração de 53% nos embarques para aquele país no acumulado do ano.

O Brasil exportou, em maio, 43.854 toneladas, em relação a 53.404 t em maio de 2012, uma queda de 17,88%. No acumulado do ano, as vendas somaram 199.889 t, na comparação com 224.870 t no mesmo período do ano passado, um encolhimento de 11,11%.

Em receita, a redução nas vendas foi de 17,58%, em maio. O Brasil vendeu US$ 114,06 milhões, ante US$ 138,38 milhões em maio de 2012.

Nos cinco primeiros meses do ano, as vendas externas de carne suína totalizaram US$ 531,42 milhões, uma queda de 8,21% em relação a janeiro-maio de 2012 (US$ 578,95 milhões). VEJA ESTATÍSTICAS EM ANEXO

O preço médio, em maio, foi de US$ 2.601 a tonelada, ante US$ 2.591 em maio de 2012, um pequeno aumento de 0,37%.

“Os números demonstram, sem sobra de dúvida, o efeito da restrição temporária ucraniana. Ainda seguimos com expectativas na solução do impasse em relação à Ucrânia, e confiantes na reação do mercado interno, a partir de junho, em relação a preços e volumes. A abertura do Japão para o estado de Santa Catarina deve alavancar reações no âmbito comercial internacional e nacional”, diz Rui Eduardo Saldanha Vargas, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS). “O setor conta com o apoio do governo, em especial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para pressionar as autoridades ucranianas no sentido de obtermos uma decisão relacionada à visita da missão veterinária que esteve no Brasil em abril deste ano”, acrescenta.

Rússia e Hong Kong na liderança – Os principais destinos, em maio, foram Rússia e Hong Kong. O Brasil vendeu 14.084 t (US$ 40,72 milhões) para o mercado russo, um aumento de 1,96% na comparação com maio do ano passado (13.814 t). Para Hong Kong foram embarcadas 12.767 t, aumento de 17,30% ante maio de 2012 (10.884 t). As vendas para Cingapura subiram 42,53% em maio (2.971 t), em relação a 2.084 t no mesmo intervalo do ano passado. Aumento expressivo nas vendas de carne suína para a Argentina: 1.089 t, ante 94 t em maio de 2012.

Principais destinos no acumulado do ano – De janeiro a maio, a Rússia liderou as importações de carne suína brasileira: 56.298, uma elevação de 28% (44.108 t em igual período de 2012). Hong Kong foi o segundo principal destino nos cinco primeiros meses de 2013: 49.100 t, queda de 12% em relação a janeiro-maio de 2012 (55.966 t). Para a Ucrânia as vendas caíram 53%: 25.097 t nos cinco primeiros meses deste ano, ante 52.848 t no mesmo período de 2012. Também caíram os embarques para Cingapura: 11.365 t no acumulado do ano, ante 11.433 t de janeiro a maio de 2012. Houve crescimento de 26% nas exportações para a Argentina: 7.331 t, na comparação com 5.840 t.

Quanto à China, as vendas somaram 427 t no acumulado do ano, em relação a 1.084 t no mesmo intervalo de 2012, uma queda de 61%.

Participação nas vendas brasileiras – Em maio, a Rússia teve participação de 32,12% nas vendas brasileiras de carne suína, seguida por Hong Kong (29,11%), Angola (6,96%), Cingapura (6,77%) e Uruguai (5,10%).

Quem mais exporta – Os principais estados exportadores, em maio, foram Santa Catarina (15.058 t), Rio Grande do Sul (10.525 t), Goiás (6.279 t), Minas Gerais (6.141 t) e Paraná (4.241 t).