As exportações do milho mato-grossense chegaram a 116,8 mil toneladas no mês de junho deste ano. Este é o maior volume embarcado no mesmo período desde 2007. Em relação ao ano passado houve um crescimento de 4,5 mil toneladas de todo o cereal enviado ao exterior, quando foram 111,9 mil toneladas do grão.
Os dados da elaborados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), baseados em números da Secretaria e Comércio Exterior (Secex), mostram que somente os Estados Unidos foram responsáveis pela compra de 46,5 mil toneladas do milho, o que corresponde a 40% do total. Abaixo dele, a Espanha e Colômbia importaram, respectivamente, 21% e 19%.
O analista do Imea, Ângelo Ozelame, justifica que a postura dos importadores americanos é o reflexo do que aconteceu com o país no ano anterior. “A alta exportação do milho para os Estados Unidos é o resultado da frustração que os compradores sofreram com a seca da safra passada no país. Por conta disto houve um aumento pela procura do cereal brasileiro. Em relação aos preços, nos portos estadunidenses a venda do milho chega a ser 35% mais vantajosa para o agricultor do que em solo brasileiro”.
Preço – Segundo o Imea, a média de preço da saca de milho pago ao produtor caiu de R$ 11,52 para R$ 10,88 entre a sexta-feira (12) e a sexta-feira (19), o que representa um recuo de 5,7% ou de R$ 0,64. O preço máximo registrado pelo Instituto foi de R$ 14,64 por saca em Rondonópolis, região sudeste do estado.