A presidente Dilma Rousseff inaugurou na manhã desta segunda-feira, 12, um trecho de 207 quilômetros do etanolduto da empresa Logum Logística, que levará o produto de Ribeirão Preto até a Refinaria do Planalto (Replan), em Paulínia, interior paulista.
Segundo Roberto Gonçalves, presidente da Logum, já foram iniciadas as obras do segundo trecho do duto, de 144 km, entre Uberaba (MG) e Ribeirão Preto e foi liberado o ramal hidroviário entre a hidrovia Tietê-Paraná e Paulínia. “Quando concluído, o sistema transportará 20 bilhões de litros por ano por cinco Estados, 45 municípios”, disse. O primeiro trecho, de acordo com ele, tem 99% de conteúdo nacional.
Em discurso, a presidente Dilma disse que a obra mostra a pujança do setor de etanol no Brasil. “O Brasil é uma referência internacional na produção do combustível de cana de açúcar”, afirmou, ressaltando as vantagens competitivas do etanol de cana sobre o combustível feito de milho, em outros países.
Dilma citou ainda medidas do governo federal criadas para o setor sucroenergético. Entre elas o leilão específico para o fornecimento de energia elétrica produzida a partir da biomassa, um total de R$ 5 bilhões para a renovação de canaviais e mais R$ 2 bilhões para a estocagem do etanol. A presidente ainda citou a medida provisória que desonerou de PIS e Cofins a comercialização do combustível, o que vai reduzir em R$ 0,12 o litro do etanol. “Esperamos que essa MP seja votada ainda este mês”, disse.
Para o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, o etanolduto “é a demonstração de que a modernidade chegou ao setor”. E criticou as acusações de que a produção do etanol de cana-de-açúcar avança em terras agriculturáveis. “Temos milhões de hectares de terras ainda agriculturáveis; vamos ampliar de 22 bilhões pra 27 bilhões de litros de etanol nesta safra e, com isso, estamos contribuindo para manter limpa a matriz energética”, concluiu.