A colheita norte-americana de milho começa nas próximas semanas, quando deverá afastar o risco de quebra climática. A soja, por sua vez, ainda tem um mês de vulnerabilidade. Ainda que a safra não esteja 100% garantida, a previsão é que os estoques do país sejam recompostos, influenciando a oferta mundial de grãos. Na sequência, Brasil e Argentina – que planejam ampliar a área da oleginosa – darão sua contribuição para esse novo quadro de regulação de preços.
Os Estados Unidos pretendem guardar 2,5 milhões toneladas de soja nesta safra, chegando a um patamar de 5,9 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura do país, o Usda. Mesmo assim, ainda estão longe dos 15 milhões de toneladas de 2006/07. Em âmbito internacional, as reservas tendem a crescer de 62 milhões para 72 milhões de toneladas, já contando com participação da América do Sul.
No milho, quem pauta o crescimento dos estoques mundiais é praticamente só os EUA. Estão sendo reservados 28,4 milhões de toneladas para que haja 46,6 milhões de toneladas guardados no fim desta temporada no país. O Usda aponta que, mundialmente, os estoques do cereal estão passando de 123,1 milhões para 150,1 milhões de toneladas.
As previsões climáticas para os próximos meses são de chuva acima da média em boa parte das regiões produtoras dos Estados Unidos. O setor teme que a umidade prejudique a retirada da safra, que está com desenvolvimento atrasado. Neste momento, porém, o quadro é de calor e estiagem no Meio-Oeste. O transporte fluvial está tendo de mudar as rotas das barcaças para escoar a produção de 2012/13 para as usinas de etanol.
Para a América do Sul, a meteorologia prevê um ano de neutralidade, com chuvas irregulares intercaladas de períodos secos. Por outro lado, a expectativa é que não ocorram secas severas como as que atingiram Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Piauí e Bahia na temporada passada.