Os mercados de grãos corrigiram ontem parte da escalada registrada na segunda-feira com a divulgação de previsões ligeiramente mais amigáveis para o clima no Meio-Oeste americano.
Na bolsa de Chicago, os contratos de soja para entrega em novembro fecharam em baixa de 1,36%, a US$ 13,7050 por bushel, enquanto o milho para dezembro recuou 2,84%, a US$ 4,8625 por bushel.
No pregão anterior, as duas commodities registraram altas de 4,5% e 6,5% em meio aos temores com o impacto do clima quente e seco sobre as plantações de milho e soja.
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O trigo também recuou ontem em Chicago. Os lotes para dezembro fecharam em baixa de 0,44%, a US$ 6,6375 por bushel.
Ontem, o Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos apontou uma maior probabilidade de chuvas e temperaturas mais amenas em uma faixa que vai do noroeste de Nebraska até o sul de Indiana a partir do fim de semana.
A previsão ajudou a aliviar a pressão sobre as cotações, mas uma eventual reversão da tendência de alta iniciada nos últimos dias depende da confirmação desse cenário.
“O mercado deve esperar as chuvas realmente caírem para descontar o ‘prêmio de clima'”, afirma Stefan Tomkiw, analista da corretora Jefferies Bache, baseada em Nova York.
Até lá, afirma o analista, os preços devem continuar sustentados pela condição predominantemente desfavorável para o desenvolvimento das lavouras – particularmente da soja, que está no período de formação e enchimento dos grãos.
Tomkiw avalia que “ainda é cedo para especular sobre o tamanho final da safra” e que os preços da soja podem cair abaixo dos US$ 10 por bushel caso a previsão de chuvas se confirme.
Segundo o analista, os mercados também acompanham de perto a ameaça de uma intervenção militar na Síria, que ontem deixou parte dos investidores na defensiva.
