“A safra 2013/2014 de soja será de incertezas”, já alertou o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro. Segundo ele, o maior problema continua sendo a logística, gargalo que se estreita mais a cada ano.
Com os fretes a preços altíssimos, a rentabilidade da atividade é afetada. Se o problema já foi muito ruim este ano, no próximo deverá ser ainda mais grave.
No mercado internacional, os preços da soja vinham em queda, preocupando os produtores. As estimativas para a atual safra nos Estados Unidos eram ótimas, desfavorecendo a comercialização por aqui e refletindo na quantidade de contratos futuros fechados. Com instabilidade, o “pé no freio” cai bem.
Mais recentemente, o Departamento de Agricultura do país (USDA na sigla em inglês) divulgou que está faltando chuva nas regiões produtoras, justamente na época de enchimento do grão, na qual é fundamental chover.
A partir de então, o mercado reagiu à notícia e os preços da soja começaram a registrar altas. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), esta semana foi de novas altas para a soja na Bolsa de Chicago.
“Mercado está na mão do clima”, ponderou Carlos Fávaro, relembrando que na safra anterior, quando houve quebra nos Estados Unidos, os preços para os produtores brasileiros ficaram bastante elevados.
O presidente da Aprosoja também pontuou que a safra 2013/2014 demandará do produtor mais investimentos em tecnologia e em defensivos, sobretudo por conta da incidência das lagartas Helicoverpa.