Os preços do milho têm subido no Brasil, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq). Entre os motivos, os leilões do governo para o Centro-oeste, baixa oferta no Paraná, recuperação dos preços internacionais e valorização do dólar.
Do dia 19 ao dia 26 deste mês, a valorização passou dos 5%, pelos indicadores do Cepea, que têm como base Campinas (SP). O ESALQ/BM&FBovespa, referência para os contratos futuros subiu 5,67%, com a saca de 60 quilos a R$ 24,96 (valor de 26/8). O preço médio à vista fechou a R$ 24,52 (valor de 26/8) por saca na segunda, alta de 5,73%.
Em Mato Grosso, desde o início do mês, as cotações do milho tiveram uma alta de 6,3%. De acordo com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária, os preços também reagem aos leilões promovidos pelo governo e à alta do dólar.
Mas no acumulado da safra 2012/2013, o milho do estado acumula queda de 9,7%. “Esta queda pode ser explicada pela desvalorização da CBOT de 14,3% neste período, e ao aumento da oferta do cereal no mercado”.
O Imea divulgou uma revisão dos números da safra do cereal no estado. A produção 2011/2012 foi de 18,5 milhões de toneladas, com uma produtividade de 103 sacas por hectare. A safra 2012/2013 registra uma saca por hectare a menos de produtividade em relação à anterior, mas mantém a produção recorde em 21,9 milhões de toneladas.
“A alta projeção sobre a produção do cereal neste ano refletiu nos preços, que despencaram e desestimularam as vendas pelos produtores, ao passo que incentivos do governo através de compras de milho estão segurando as pressões sobre o preço do cereal e movimentando a sua comercialização”, avaliou o Instituto.