O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou novas condições de financiamento para projetos vencedores dos leilões de energia elétrica, que serão realizados este ano. Entre as principais mudanças, segundo o chefe de departamento de energias alternativas do banco, Antonio Tovar, está a ampliação do prazo de amortização para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e usinas movidas a biomassa de 16 anos, para 20 anos.
Térmicas a carvão também tiveram prazo de pagamento alterado de 14 anos, para 16 anos. O aumento do tempo de amortização era um dos principais pleitos dos setores em questão para dar mais competitividade a essas fontes.
Até o fim do ano devem ocorrer mais três leilões, sendo o primeiro marcado para quinta-feira, que vai vender energia para entrar em operação em cinco anos (A-5). A concorrência aceitará empreendimentos térmicos, a biomassa, hidrelétricas (UHEs) e PCHs e marca a volta de usinas a carvão, após três anos da interrupção. Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, com as mudanças, projetos de biomassa e de PCHs “vão voltar com força”.
Entre mudanças que vão beneficiar o grupo, segundo Tovar, está a redução do índice de cobertura de 1,6 para 1,2, o que vai permitir alavancagem maior desses projetos. Para usinas a carvão, o banco reduziu, ainda, o spread básico de 1,8% para 0,9%. “Agora todos os projetos de energia vencedores de leilões têm spread de 0,9%”, afirmou Tovar. A taxa de risco de crédito será de 0,4% a 2,87% ao ano, conforme o risco de crédito do cliente. Todas as hidrelétricas terão prazo de amortização de 20 anos..
Segundo o BNDES, as novas condições de financiamento vão contribuir para a modicidade tarifária. “Estamos com expectativa bastante positiva para 2013, com carteira bastante forte. O setor de energia vem tendo bastante atratividade, e o mercado tem bastante interesse em participar”, disse Tovar.
De acordo com informações divulgadas pelo BNDES, os investimentos em geração previstos para os próximos quatro anos superam R$ 100 bilhões, sobretudo em hidrelétrica, eólica e térmica, o que representará demanda substancial por crédito do banco.