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Investigação

Audiência retoma discussão sobre cartel no setor de carnes, na Câmara

Indústria de carne bovina nega haver cartelização no mercado e cobra mais união da cadeia produtiva.

Audiência retoma discussão sobre cartel no setor de carnes, na Câmara

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados realiza na próxima quarta-feira (4/9) uma nova audiência pública para discutir a cartelização na indústria de carnes do Brasil. Está prevista aparticipação do presidente da Ourofino Agropecuári, Dolivar Coraucci Neto, e o gerente da Divisão de Saúde Animal do laboratório MSD, Edival José dos Santos Júnior.

O pedido foi feito pelo deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), para quem práticas como cartel e monopólio desestimulam a produção. Para o parlamentar, prejudicam as relações entre pecuaristas, frigoríficos e outros segmentos como a saúde animal.

Nesta semana, em outra audiência sobre o assunto, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Saúde Animal, (Sindam), Ricardo Pinto, negou a existência de cartel no setor de carne. Segundo ele, o mercado é competitivo.

“Em termos de preço, de oferta, a concorrência é muito grande. Se a gente for falar de biológicos e vacinas, nós temos entre oito, dez empresas que fabricam [vacina] contra a febre aftosa e a raiva”, disse ele, de acordo com a Agência Câmara.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec), Antônio Camardelli, também negou a existência de cartel. Reconheceu, no entanto, a necessidade de uma aproximação maior entre o produtor e a indústria.

“Nós não vivemos uma cadeia produtiva. Cadeia produtiva salutar é aquela onde todo mundo ganha ou todo mundo perde. Infelizmente, nós precisamos nos aproximar, dos dois lados – produtor e indústria. Só nós organizados podemos fazer frente ao varejo”, afirmou o presidente da Abiec, também conforme a Agência Câmara.

O cartel é um acordo entre concorrentes usada, principalmente, para fixar preços no mercado. O objetivo é aumentar os lucros dos participantes, mas o efeito é o prejuízo ao consumidor. No Brasil, é considerada crime.