Dois setores da economia foram fundamentais, no segundo trimestre: a indústria e o campo.
A agropecuária fez bonito outra vez. Boas safras explicam o aumento de expressivos 13% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Os agricultores vão colher mais milho do que em 2012 e muito mais soja.
Um feito que conseguiram não só com crescimento de área plantada, mas também com aumento de produtividade. “O produtor é obrigado de investir em novas tecnologias que dão maior rapidez de plantio e também a colheita com maior rapidez e maquinas maiores e mais atualizadas”, explica Marcos da Rosa, produtor rural. É por isso que a agropecuária, mesmo tendo um peso pequeno na economia – pouco mais de 5% do PIB – impulsiona outros setores. Como os de máquinas agrícolas e caminhões.
A indústria, que é um setor importante da economia, porque tem peso e gera bons empregos, se recuperou no segundo no trimestre, em relação ao trimestre anterior, quanto teve desempenho negativo. No segundo trimestre, todos os subsetores que formam a indústria tiveram resultados positivos, com destaque para a construção civil.
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A construção civil cresceu 3,8% em relação ao primeiro trimestre, a indústria de transformação 1,7% e a de extração mineral, 1%. Uma fábrica de blocos, que fornece para construtoras, está se preparando para uma retomada da produção depois de um período de queda.
“Em 2012, houve uma redução e isso se manteve pelo ano de 2013. E agora para o segundo semestre estamos sentindo que vai haver essa retomada”, apontou Mário Sérgio Guimarães, gerente da fábrica. É uma retomada consistente? O economista Francisco Pessoa diz que ainda há muito o que fazer. “A impressão de todo mundo, é que você olha o PIB e já passou do fundo do poço. Isso é bastante positivo. Ainda há uma serie de desafios para se enfrentar. O câmbio está mais caro. Provavelmente o governo vai ter que fazer ajuste nos preços da gasolina, isso significa que o Banco Central vai ter que elevar a taxa de juros. Ou seja, não vai ser aquele caminho linear, tranquilo”, apontou.
Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a economia teria entrado em nova fase. “Eu diria que o pior passou, que o fundo do poço foi superado. Estou falando não só no Brasil, mas no mundo, como um todo. E o mundo caminha junto e que daqui para a frente é uma expansão. Estou dizendo que a trajetória será de crescimento da economia brasileira de modo que possamos voltar a taxas de crescimento que tivemos no passado recente”, disse o ministro.
