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Eneva quer reestruturar dívida até dezembro

Empresa, que é a antiga MPX, registrou prejuízo de R$ 178 milhões no terceiro trimestre de 2013.

Eneva quer reestruturar dívida até dezembro

A Eneva confirmou, durante a teleconferência de apresentação de seus resultados do terceiro trimestre, realizada nesta quinta-feira (14/11), que pretende fazer a reestruturação da dívida antes do fim do ano. O CEO da empresa, Eduardo Karrer afirmou que vem conversando com os bancos e espera finalizar esse processo nas próximas semanas.

“Nós queremos fazer uma rolagem dessa dívida por até 12 meses e pagá-la. E ai sim, no segundo semestre de 2014 nos teríamos uma quantidade menor de dívidas que poderíamos refinanciar com debêntures ou outros instrumentos até o fim do ano”, ressaltou Karrer. O executivo acrescentou ainda que estão em contato com os credores da OGX para fazer a reestruturação da OGX Maranhão – cuja reorganização societária foi anunciada recentemente. “A fim de garantir que tenhamos essa aprovação, antes de assinarmos todo o processo, teremos certeza de que os dados estão todos alinhados”, disse.

Segundo os dados divulgados nesta quinta, a Eneva registrou um prejuízo líquido de R$ 178 milhões no terceiro trimestre de 2013, o que representa um aumento de 105,4% se comparado ao mesmo período de 2012, quando apresentou um prejuízo de 86,7 milhões. Para a empresa, o lucro foi impactado principalmente pelos custos de indisponibilidade decorrentes da paralisação das térmicas a carvão em operação comercial e pelas despesas de juros relacionados ao fim do período de carência dos empréstimos de longo prazo dos projetos.

Mesmo assim, o CEO da Eneva afirmou que pela primeira vez a empresa tem uma melhoria constante nos resultados. Segundo Eduardo Karrer, a ideia é reduzir os custos da energia gerada, com a redução significativa dos custos de combustíveis. A receita bruta da empresa ficou em R$ 353,5 milhões no 3ºTri e a receita líquida, em R$ 317,3 milhões. Já o Ebtida, ficou em R$ 11 milhões.

Karrer destacou também que esse foi o primeiro trimestre que não tiveram que comprar nenhuma energia no mercado. Já o volume de energia vendida de junho a setembro foi de R$ 1.719 GWh, desconsiderando o volume de Pecém I e os volumes negociados pela comercializadora, de acordo com as novas regras de contabilização. Com relação aos investimentos consolidados, totalizaram R$ 230,6 milhões no terceiro trimestre deste ano.

Por fim, o CEO afirmou que não houve nova manifestação por parte da EBX, empresa de Eike Batista, com relação à parte remanescente da Eneva, antiga MPX. “Há alguns meses publicamos um fato da EBX, que estava procurando vender a parte remanescente da Eneva. Nós compartilhamos essa noticia com o mercado, mas não tivemos nenhuma outra noticia por parte da EBX. Quando tivermos, vamos avisar”, ressaltou Karrer.