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China barra milho dos EUA e eleva pressão sobre cotações

Pequim rejeitou cinco carregamentos do grão americano por conterem variedade transgênica não aprovada no país.

China barra milho dos EUA e eleva pressão sobre cotações

A China barrou nos últimos dias a entrada em seu mercado de carregamentos de milho exportado pelos Estados Unidos, por conta da presença de grãos geneticamente modificados, e ampliou a pressão baixista sobre as cotações da commodity na bolsa de Chicago.

Conforme agências internacionais, cinco cargas contendo a variedade transgênica MIR 162, não aprovadas pelo governo chinês, foram rejeitadas. No total, pouco mais de 120 mil toneladas foram vetadas por Pequim.

Mas o problema poderá crescer. Analistas consultados pela agência Reuters observaram que, no momento, navios com quase 2 milhões de toneladas de milho estão a caminho da China, e novas devoluções poderão acontecer.

Cultivada nos EUA desde 2011, tal variedade já é aceita em países como Japão, Coreia do Sul, Rússia e mesmo em nações que fazem parte da União Europeia. A resistência chinesa pode beneficiar o Brasil, que em recente reunião bilateral em Cantão assinou um acordo que poderá abrir as portas da China ao milho nacional.

Até pouco tempo um importante exportador de milho, o país asiático, com forte demanda para a produção de rações, já se tornou importador – e os volumes comprados no exterior estão em alta.

Ontem, em Chicago, o “fator China” foi marginal na formação de preços, que há meses já estão em queda por causa da recomposição da oferta global, puxada pela recuperação da safra americana após a estiagem no ano passado.

Os contratos para março, que ocupam a segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez) fecharam a US$ 4,3650 por bushel, alta de 5,25 centavos de dólar. Em 2013, contudo, a segunda posição acumula baixa de 37,7%.