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Sacolas

Abramilho prevê que sacola de amido pode ajudar evolução do setor

Retirada de circulação das sacolas plásticas dos supermercados paulistas aumenta discussão sobre alternativas.

Abramilho prevê que sacola de amido pode ajudar evolução do setor

Apesar de não ser uma determinação legal, a retirada de circulação das sacolas plásticas dos supermercados paulistas segue tendência mundial (cidades como Belo Horizonte, em Minas Gerais, e San Francisco, na Califórnia/EUA, já baniram o material) e deve mesmo causar algumas mudanças no setor. A mais comentada nos últimos dias é a sacola de plástico de amido de milho, que deve ter um custo simbólico ao cliente e é decomposto na natureza de 6 a 18 meses – o plástico derivado de petróleo demora mais de 400 anos para se decompor.
  
 Para o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, a mudança de comportamento do varejo e dos consumidores pode estimular ainda mais a opção do agricultor por plantar milho no Brasil – o país é o terceiro maior produtor mundial do cereal.
   

“O brasileiro usa em média 66 sacolas por ano. Esse número deve diminuir, o que é bom, mas é melhor ainda para o milhocultor, que passa a ter nessa nova indústria mais uma opção de cliente para seu produto”, aponta.
   
Segundo Paolinelli, a fabricação de biopolímeros derivados do milho representa ainda mais um passo para agregar valor ao produto nacional. “O agricultor precisa pensar na cadeia produtiva como um todo, e não apenas na sua produção. Criar uma matéria-prima tão versátil como o plástico de amido de milho é um grande avanço para o país deixar de ser apenas produtor da commodity. O milhocultor precisa entender que vende não apenas milho, mas proteína animal, insumos, etanol e, agora, também bioplástico”, completa.
 
Como funciona
 
O milho é esmagado até ser transformado em farinha, quando o amido é separado para, em seguida, seguir para um processo de fermentação (semelhante ao usado para fazer etanol). No entanto, o amido é convertido em ácido lático que, aquecido e moldado, forma o biopolímero de milho – o plástico que será usado para fabricar as novas sacolas ecológicas e outros produtos. O tempo de decomposição desse material varia de seis meses (quando usada técnica de compostagem) a um ano e meio (decomposição normal).