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Empresas

Cerimônia marca ampliação da fábrica da Mig-Plus, em Casca (RS)

Tarso Genro participou de ato de início das obras de ampliação da nova fábrica da empresa.

Cerimônia marca ampliação da fábrica da Mig-Plus, em Casca (RS)

O governador Tarso Genro participou, nesta segunda-feira (27), de ato que marcou o começo das obras de ampliação da Mig-Plus, no município de Casca, no norte do RS. A empresa produz suplementos para alimentação de animais e atende os mercados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.
 
“Estamos aqui para aplaudir a empresa e reafirmar que não faltarão recursos para que continue crescendo. O Banrisul, o BRDE e o Badesul, que compõem o Sistema de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, estão disponíveis para fomentar o crescimento das empresas gaúchas”, acrescentou Marcelo Lopes, presidente do Badesul, em nota divulgada pela assessoria de imprensa.

O gerente Administrativo da Mig-Plus, Tadeu Zucchetti Migliavacca, emitiu um comunicado oficial para o Governador. Leia a íntegra:

“Exmº Sr Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Dr. Tarso Genro, Exmº Sr Prefeito Municipal de Casca, Dr. Alan Martins das Chagas, que ao nominá-los, saudamos todas as autoridades e demais presentes.
 
É com enorme satisfação e muito sensibilizados, que recebemos o ilustre governador, os Srs. e Srs em nossa sede, oportunidade que, resumidamente, daremos uma dimensão desta nova unidade fabril.
 
As operações da Mig-PLUS iniciaram em 1991, empresa de cunho familiar, perfazendo 21 anos de atividades em ascendente crescimento, apesar das adversidades que o setor dedicado à produção de proteínas animais de alto valor biológico (carne, leite, ovos), constantemente vem passando por instabilidades sem precedentes, devido a elevação dos custos de produção, basicamente influenciado pela valorização do complexo milho/soja e os demais cereais.

Atualmente, tomando como base o ano de 2011, a empresa produziu 26 mil toneladas de produtos concentrados, núcleos e premixes, equivalentes a 735 mil toneladas de ração convertida, sendo que deste volume, 90% foram para suínos, 7% para bovinos, 2% para aves e 1% para outras espécies, contando com um quadro de 130 colaboradores diretos e mais de 100 indiretos.
 
Esta nova planta em edificação, terá capacidade de produção de 75 ton/hora, equivalente a 1.500 ton/dia, perfazendo 35 mil ton/mes, ou seja, 420 mil toneladas anuais de rações completas, gerando aproximadamente 25 novos postos de trabalho diretos, reduzido graças ao seu alto grau tecnológico e de automação, porém, proporcionando mais de 100 postos de trabalho indiretos, propiciando enorme sinergia regional, pela agregação de valor à produção primária e induzindo a geração de sistemistas em variados segmentos.
 
O volume de investimentos na ordem de 55 milhões de reais, parte contratados junto as instituições de crédito BADESUL e BANCO DO BRASIL, e parte com recursos próprios, bem como, pelo apoio do poder público municipal, no repasse desta nova área de terras e outros recursos conforme a lei municipal de incentivo à instalação de indústrias, e do Estado do Rio Grande do Sul, pela concessão de horas/máquina dos equipamentos da DCM/DINFRA, para parte da terraplenagem.
 
Este empreendimento por nós administrado, atualmente representa em torno de 1/4 da economia do município de Casca, devendo ser implentando para 1/3 da economia do município.

Empreender é uma palavra difícil até de pronunciar, quanto mais de realizar, que junto com ela surge uma série de adjetivos que aparecem mais ou menos assim, como cita o palhaço de circo Sidney Santos:

 
Você tem uma idéia brilhante e resolve abrir uma empresa. Você é chamado de louco. Você trabalha dia após dia, nos fins de semana e feriados. Sua empresa cresce depressa. Falam que você deve dar um passo de cada vez. Muitos, no fundo, acham que você está fazendo algo desonesto. Nas suas costas, dizem que o crescimento se deu à custa de falcatruas. Se você é comerciante, dizem que é um ladrão com paciência. Se for industrial, você se apropria da mais-valia; Se for consultor, é charlatão; Se for publicitário, é do esquema.
 
Sua empresa cresce ainda mais, você precisa importar ou exportar e é chamado de contrabandista. Se você tem um sócio, será chamado de testa-de-ferro. Se forem vários sócios, dirão que você é membro de uma quadrilha. Se você não tem crédito e pede empréstimo a um agiota, dirão que você é um imbecil. Se conseguir crédito fácil, dirão que você tem um lobista dos bons.
 
Se você inovar demais, te chamarão de excêntrico. Se copiar, te acusarão de plágio. Se abrir filiais, canais de distribuição ou franquias, o chamarão de irresponsável. Se pagar muito imposto, será chamado de jumento. Se pagar pouco, de sonegador. Se você empregar muito, dirão que é um explorador. Se empregar pouco numa empresa enxuta, também o chamarão de explorador.
 
Não tem problema, essa foi sua escolha. Você é um empreendedor, aquele ser as vezes solitário, as vezes incompreendido, pouco elogiado, muito criticado. Mas ao final, somos vitoriosos. Podemos ser advogados, engenheiros, médicos e ainda assim, ser empreendedores. Podemos ser artistas, filósofos e publicitários e, ainda assim, ser empreendedores.
 
Enfim, esta nova unidade, deverá entrar em operação no segundo semestre de 2013 e foi concebida para operaracionalizar misturas de rações para alimentação animal, bem como, para processar cereais de várias formas, seja para alimentação humana e/ou animal, com aptidão de extrusar, flocular, expandir, texturizar, laminar, peletizar e farelar.
 
Todos equipamentos de processo e armazenagem de farelados serão em aço inox e a armazenagem dos cereais em silos de concreto armado cobertos, dotados de termometria e umidade controladas eletronicamente.
 
A capacidade de armazenagem desta unidade, será da ordem de 20 mil metros cúbicos, ou seja, de 12 a 15 mil toneladas dentre cereais, farelos e produtos acabados, podendo ser triplicada a qualquer tempo.
 
A idealização deste projeto, foi concebido para atender a forte demanda na produção de leite, em que num raio de 400 km, houveram altíssimos investimentos na instalação de novas plantas de processamento lácteo, as quais atualmente, operam com capacidade ociosa. Assim, pretendemos implementar a produtividade do atual plantel de vacas, através da adoção de dietas capazes de balancear e suprir as necessidades e carências, buscando produtividade com qualidade, mediante a implementação de processos capazes de disponibilizar ingredientes com maior digestibilidade.
 
Para finalizar Dr. Tarso, solicitamos a interferência do Governo do Estado, na medida do possível, junto aos órgãos competentes ABIMAQ e MDIC, encarregados na concessão do ex-tarifário, pleito que julgamos justo e que se estende desde agosto de 2011, na busca de redução tributária na importação das máquinas e equipamentos desta planta de última geração, salientando que, tratam-se de equipamentos de processo para produção de alimentos, que proporcionarão maior produtividade, competitividade e qualidade à agricultura familiar e ao agronegócio, sendo no entanto, imputados e penalizados com uma absurda carga tributária, diferentemente de concessões a setores por muitas vezes improdutivos, mas que por influências incompreensíveis, são beneficiados.

Nesta oportunidade, agradecemos indistintamente, todos os envolvidos no projeto e na obra em curso.

Enfim, estamos engajados na necessidade de produzir alimentos com qualidade e em quantidade, para atender as crescentes demandas nacionais e mundiais, graças ao aumento do poder de compra da população mundial, pela inclusão social.”